*A emboscada

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Conhecendo o Chefe do Cartel

Dei as costas deixando a garota de boca aberta, nunca me vinguei de uma vadia como hoje, estava de alma lavada, não por ciúmes, não sentia isso por Ronald, na verdade não queria ficar sozinha e Ronald era uma delícia, eu gostava de estar em seus braços, só não gostava da vida social que levava.

Saímos de lá tarde da noite, estava cansada e exausta, fomos para o apartamento dele e dormimos juntos, minha rotina estava começando a voltar ao normal quando namorava com ele, não iria trabalhar no sábado, mas para fugir um pouco de tudo e de todos, saia para trabalhar, a tarde corria para casa e descansava.

― Tenente? Já disse que não precisa vir de sábado, O que faz aqui? ― Shepherd parou em frente a minha mesa.

― Trabalhando sargento... É o que me resta. ― Olhei para o meu chefe.

― Você está péssima, deveria ir para casa e descansar.

― Estou ótima. Não se preocupe comigo. ― desviei o olhar para o relatório que estava lendo.

― Vejo que não me perdoou...

― Não... Deixou-me nas mãos de bandidos que queriam a minha cabeça... Em nenhum momento desconfiou do porque o interesse sobre mim. Se acontecesse com o senhor... Tenha certeza que desconfiaria... ― O olhei cruzando os braços. ― E depois me coloca atrás desta mesa... Não sei! Acho que o Senhor quer que eu peça demissão.

Shepherd deu gargalhada e se sentou na beirada da mesa e relaxou.

― Tenente Prescott! Como quer que eu mande para as ruas se tem um louco lá fora... Solto, louco para matar você.

Fiquei quieta, sabia que Bruce não iria me matar, e sua identidade estava segura comigo, J.J. Era o homem que procuravam, Bruce era apenas um louco que matou outro homem no quarto do hospital para me salvar, comecei a rir.

― Caramba, sargento! Eu sou uma policial, treinei como todos os outros, passei por testes, físicos, mentais e intelectuais... Por que me acham incapacitada?

― Se eu tiver que te mandar para a rua, terá que fazer esses mesmos testes físicos. ― Ele apontou para a minha barriga. ― Não se esqueça de que está grávida... Não vão admitir que faça o teste físico.

― Então me mande só para acompanhar.

― Não posso. Não vou arriscar sua vida enquanto esse criminoso não for preso.

― Então nunca mais sairei de trás desta mesa!

Shepherd não respondeu, se levantou e seguiu para sua sala.

― Vá para casa, Tenente! E descanse...

― Estou segura aqui dentro, Sargento. ― Joguei o arquivo na caixa e bufei.

Trabalhei até as 14h, deixei todos os meus arquivos em ordem e a minha mesa limpa, sabia que seria por pouco tempo, segunda-feira estaria lotada de papelada novamente, peguei minha bolsa e meu casaco e saí.

Meu carro estava do outro lado da rua, atravessei com calma, parei junto ao carro, senti que estava sendo observada, olhei para trás e a minha volta, meu sexto sentido estava em alerta, me afastei do carro dando dois passos para trás.

― Prescott?

Virei-me rápido para ver quem me chamava, estava assustada, respirei fundo aliviado e sorri levando a mão ao peito.

― Oi, Victor... ― Apertei a mão do agente.

― Tem um minuto?

― Claro. ― Encostamos ao muro próximo ao meu carro.

O Assassino que me amavaOnde histórias criam vida. Descubra agora