Denise entre a vida e a morte

392 65 11
                                    

Há dez dias estou em Londres, essa cidade tem tanta gente que é como procurar uma agulha no palheiro, o jeito era ficar na cola de Torres e ver no que ia dar, pelo menos tinham tecnologia para acha-la.

Percebi a movimentação no saguão do hotel, Antony estava do outro lado próximo a Bill, ele me liga.

_ O pessoal está indo embora, parece que estão dizendo que a mãe da Denise está com ela... Está sumida a dias.

_ Claro... Claro... _ Vibrei. _ Só pode ter voltado enquanto todos se concentram por outros países... Garota espeta. _ Me levantei e saí. _ Vamos embora desta merda... Quero comer um cachorro quente que preste.

Antony riu quando se pôs ao meu lado e caminhamos calmamente para pegar um taxi, aquela cidade era uma confusão para se dirigir do lado direito, me deixava com dor de cabeça, seguimos para o aeroporto, mas só tinha passagem para as quatorze horas, sentamos e esperamos, enfiei o jornal no rosto, aquele lugar tinha policiais para todos os cantos, respirei fundo e mandei Antony ficar de olho, logo os idiotas do FBI iriam passar tudo com cara de quem foram enganados mais uma vez, e foi o que ele fez, ficou observando.

Próximo da hora do nosso voo, Antony pega no meu braço, o olho, está de boca aberta, uma multidão de homens apreçados entra, olho e vejo Torres com Julia no colo e Denise ao seu lado andando rápido, ela olhava observando a todos e parecia pálida, me levantei apavorado, a pegaram, "pegaram Denise", o que seria dela, um pavor percorreu meu corpo, eu queria salva-la daquela agonia, Denise me viu, seu olhar de pavor a fez parar e antes de ir ao chão, alguém a segurou, estava com John no colo, o pânico se instalou ali mesmo na minha frente, Antony correu quando Bill sacou a arma e apontou para mim, eu só tinha olhos para Denise, ela tinha tido uma parada cardíaca, um policial começou a fazer massagem cardíaca em seu peito, o bebê chorava estridente, queria me jogar sobre Denise, aquilo era apavorante, estava perdendo a minha esposa, de repente tudo a minha volta perdeu sentido, não escutava os berros de Bill, me jogaram no chão e alguém pulou sobre mim, perdi o ar, mas pude ver Denise receber os primeiros socorros, Julia chorava no colo de Torres que também estava assustado.

Fui puxado para ficar sentado sobre minhas pernas, a ultima coisa que queria ver era Denise morta, não imaginava que o pânico era tão grande assim que sentia, baixei a cabeça e deixei minhas lágrimas rolarem, Bill comemorou por ter pego dois criminosos no mesmo dia, parecia que os ventos resolveram soprar a favor, mas Denise não estava nada bem, parecia que não queria voltar, Torres me olhou, se abaixou para me ver.

_ Satisfeito?

_ Ela é forte... Não vai deixar os filhos aqui... _ Disse com as vistas turvas.

_ Papai Noel... _ Disse Julia torcendo o dedinho no cabelo.

Sorri por lembrar da nossa pequena história.

_ Sou seu papai Julia... E eu amo você! _ disse em lágrimas. _ Eu só queria vocês de volta... _ Baixei a cabeça e chorei, Denise foi colocada em uma maca e levada depois de receber choque no peito, eu fui direto para a delegacia do aeroporto, agora eu estava verdadeiramente encrencado, mas sem Denise e sem as crianças, nada mais faria sentido, encostei minha cabeça na parede e fechei os olhos, os policiais comemoravam, aquilo era deprimente demais.

*

Minutos antes de Denise enfartar

Denise caminhava ao meu lado agarrada ao meu braço e com John no colo, não deixava que ninguém o segurasse, Julia podia andar ou ir com outro guarda, mas não adiantou, ela só confiava em mim para ajudar, na entrada do aeroporto Denise aperta o meu braço.

_ Torres... Não vou aguentar... É adrenalina demais... _ Denise respirava com dificuldade.

_ Estamos perto da entrada, aguente firme... Logo estaremos no avião e vai poder relaxar.

O Assassino que me amavaOnde histórias criam vida. Descubra agora