O castelo

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Os dois andam por uns vinte minutos, sempre com a lamparina em punho.Aos poucos vão chegando perto de um castelo que está com seus portões de madeira fechados.Ao ficar em frente ao portão, Eu para.

- O que foi? – pergunta Sócrates.

-Quero que observe isso.

-O que?

-Vamos nos sentar.

Eu materializa duas cadeiras.

-Sentar?Aqui?E se alguém sair dai de dentro do castelo?Vão bater na gente!

-Ninguém vai sair dai.Procure se acomodar.

-Tá certo, você manda.

Depois de um pouco mais de um minuto, Eu direciona o olhar de Sócrates.

-Olhe ali.

Uma bela mulher de cabelos negros e pele branca vem andando.Ela possui um bonito vestido branco longo e segura uma cesta de madeira.Ela anda em direção ao portão e bate; porém ninguém atende.Ela bate insistentemente no portão, mas nada acontece.Depois de uns cinco minutos batendo, ela desiste e vai embora.Ela e Eu se cumprimentam enquanto a moça vai andando para o seu destino.

-Vai ver não tem ninguém em casa. – diz Sócrates.

-Tem sim.Mas a pessoa que esta no castelo não quis abrir.

- Por que?

-Todo o castelo visa defender alguma coisa; o que você acha que esse castelo defende?

-Sei lá, alguma pessoa importante.

-Ou alguma coisa importante.

-No caso, essa coisa deveria ser muito importante, pois este castelo é gigante.

O castelo possui um muro extremamente alto para os padrões dos castelos comuns.

-De fato, é algo de muito valor.

-O que é?

-O seu coração.

Eles ficam se olhando por um tempo.

-Parece... estar muito bem protegido. – diz Sócrates.

-Protegido até demais.

-Quem o construiu?

-Você.Venha ver uma coisa...


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