O inconsciente

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Ele lê a matéria em que um crítico comenta sobre o novo disco da sua banda.O guitarrista é criticado e ele é bastante elogiado.Sócrates dá um leve sorriso e guarda o jornal.Depois de comer, começa a arrumar a sua mala.Camisas, cuecas, música, comida... há de tudo um pouco.Enquanto isso, sua esposa se levanta e fica com o seu filho na mesa da cozinha comendo.Quando acaba de arrumar a mala, ele os beija e se despede.

Já dentro do táxi, ele acha um trânsito tranquilo.Enquanto o carro não chega ao aeroporto, pensa em outras coisas como sempre; sua mente nunca está quieta, sempre está se movimentando para um lado e para o outro...uma música, uma lembrança, uma fantasia... há sempre algo acontecendo dentro de sua mente.Porém, o táxi enfim chega ao seu destino, embora ele não tenha percebido o tempo passar; com muita frequência, ele sempre vivencia a relatividade do tempo.Quando ele se perde dentro dos seus pensamentos, certas viagens que são demoradas parecem passar mais rápido do que o normal.

Ao chegar no aeroporto ele é abordado por vários fãs e atende a todos pacientemente.O seu agente o vê e começa a afasta-los.

-O pessoal já chegou também, estão ali. – ele diz enquanto afasta os fãs.

-Nossa, quanta gente.

-Gênios como você atraem as pessoas cara.

Eles se dirigem para uma área uma pouco mais privada.Sócrates cumprimenta a todos.

-Cade...vamos logo?

-É, vamos porque senão a gente vai atrasar de novo – diz Rafael.

-Perai porque eu vou comprar uns biscoitos. – diz Gustavo.

Eles vão andando devagar.

-Alguém tem ouvido aquela rádio? – pergunta Julie

-Qual? – indaga Lemir

-Aquela que falou sobre a gente, dizendo que éramos muito rebeldes...

-Eu não perco o meu tempo com aquela droga... – diz Sócrates

-Eu ouvi um pouco... o importante é que estão tocando a nossa música.

-Essas rádios estão ficando cada vez piores... o nível tá beirando o ridículo...


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