-Vamos? – pergunta aos dois.Eles acenam positivamente.
Eles começam a subir a parte mais complicada.No meio do caminho, Sócrates escorrega no chão molhado e começa a cair ladeira abaixo.
-Segure a pedra! – grita Gustavo para o anão – e estende o braço para pegar Sócrates.Ele o pega firme pelo braço direito.
-Se levanta e segura em alguma coisa!
Sócrates faz o que Gustavo lhe pede.
-Obrigado. – ele agradece, com certa vergonha.
Por fim, eles chegam ao topo.A chuva e o vento param, e o sol aparece.No topo, há uma porta de madeira que parece estar encostada no ar, pois não há paredes.Os três descansam aliviados; se sentam no chão exautos.Depois de alguns minutos, Sócrates se levanta.A corrente se solta sozinha da cintura dele, e a pedra vira pó.Ele começa a andar para a porta, porém quando pega na maçaneta, ele para e volta para os dois.Levanta o anão do chão e diz:
-Muito obrigado. – agradece apertando sua mão.
-Foi um prazer.
Ele ergue Gustavo também e aperta a sua mão.Eles se olham e sorriem.Olhando nos olhos, Sócrates diz:
-Obrigado.
-Por nada.
Começa a andar para trás enquanto olha para os dois.Para de andar e fala:
-Não conseguiria sem vocês.Muito obrigado e...(ele respira fundo e seus olhos se enchem de lágrimas)me desculpem se falei algo arrogante ou se menosprezei vocês...(respira fundo novamente)eu não tinha noção do que estava falando.Eu estava errado. –diz com a voz embargada.
Ele olha para eles uma última vez; da às costas e abre a porta.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Os Espelhos
General FictionTodos nós possuímos sonhos.Alguns muito grandes, outros mais simples.O fato é que nem sempre conseguimos realiza-los e alguns ficam decepcionados por toda a vida, não conseguindo superar a dor da derrota.Mas na vida não há apenas um caminho a se se...