Os Espelhos

O inconsciente

Eles se arrumam e se apresentam no programa com sucesso.Depois, vão para umas duas rádios naquele estado.Já à noite, cansados, vão para um hotel.Cada um fica com um quarto.Sócrates está pensativo, está distante.Mas vai dormir e tudo fica escuro.

-Acorde...abra os olhos da mente...acorde... – uma voz diz.

Sócrates acorda assustado.Ele olha para a janela e percebe que já é manhã.Fica parado por uns instantes por causa do sono, porém lentamente vai saindo da cama.Vai até a janela e vê cartazes de fãs.Ele sorri...aquilo era tudo que ele queria para a sua vida...o seu sonho finalmente se realizou.Depois de anos tentando, por fim ele alcançou a recompensa.Enquanto pensa nisso, acena para os fãs que estão lá embaixo e eles vão ao delírio.

Alguém bate na porta.Sócrates vai atender.

-Quem é?

-Sou eu Samuel.

-O que foi?Deixa eu acordar pelo menos! – ele abre a porta irritado.

-Não, é só um recado.A gerente falou que espelho tá com problema, mas depois ela vai mandar ajeitar.

-Ah, beleza então.

-Você já tinha visto?

-Não, eu nem entrei no banheiro.

-Você tá melhor?

-Tô, tô.

-Eu ouvi uns gritos por aí.

-Foi eu... tava acenando pra o pessoal que ficou lá fora.

Samuel dá um leve sorriso no canto da boca.

-É importante ter esse carinho com os fãs...afinal de contas são eles que pagam nossas contas.

-É verdade...o café tá pronto?

-Ainda não.Quando estiver eu aviso.

-Certo. – então ele fecha a porta.

Por curiosidade, ele vai até o banheiro olhar o espelho.A imagem está toda distorcida, o reflexo faz curvas bem estranhas.

-Que coisa doida... é a coincidência mais estranha que eu já vi. – fala consigo mesmo.

-O café tá pronto! – grita Samuel.

Eles comem e viajam de volta para casa.No fim da viagem, eles se acertam.

-Agora vamos ficar uma semana de molho não é isso? – pergunta Rafael.

-Acho que tá bom. – diz Lemir

-Talvez fosse melhor até mais tempo, pra eu ficar sem ver a cara de Sócrates um pouco mais. – diz Gustavo

Sócrates dá um sorriso sem graça.