O castelo

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Sócrates olha para o seu outro eu com um rosto triste.Eu gentilmente, coloca a mão no seu ombro e diz:

-Vamos.Este é um mundo que não existe...pare de se apegar a ele.

Sócrates abaixa a cabeça, dá as costas para o Sócrates jogador e segue andando.Eles entram em um prédio e chamam um elevador.

-Para onde vamos?

-Ver um show de rock.

-Não sabia que você era roqueiro.

Eu faz um sinal típico dos roqueiros, levantando o dedo mindinho e o indicador.Um leve sorriso surge no canto da boca de Sócrates, enquanto eles entram no elevador.À medida que o elevador vai subindo, eles vão escutando o som do público e de uma música que é familiar para Sócrates.Quando o elevador se abre, eles se veem em um estádio totalmente lotado, tanto nas arquibancadas quanto no gramado.Eles entram no que parece ser um camarote.

-Olhe para o palco. – diz Eu.

Sócrates olha e dá um sorriso aberto, do tipo que ele não dava há tempos.Ele vê Rafael na bateria, Julie na guitarra, Lemir no baixo e Gustavo na outra guitarra.E no vocal e piano, está ele mesmo.Eles começam a tocar uma música autoral e o público vai ao delírio, cantando junto.Sócrates começa a chorar.

-Por favor, vamos sair daqui – diz ele, com as mãos no rosto enquanto as lágrimas escorrem.

-Não se preocupe, você está mais forte agora do que imagina.Vai aguentar.

-Isto é outro plano paralelo?

-Sim.Mas aqui, você realiza o seu sonho de ser cantor.Venha, vamos para o camarim.

Sócrates vai lentamente, olhando para o palco com um rosto aflito.Eles entram no camarim, e uns dez minutos depois a banda entra também.Eles recebem cumprimentos de várias pessoas e estão satisfeitos com o show.O Sócrates cantor está com um sorriso largo, que mal consegue disfarçar; ele faz piadas com todos e é o centro das atenções.


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