O coração

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Quando abre, ele se vê em uma sala branca, com uma mesa transparente no meio; a mesa possui um pequeno baú.Ele o abre, e acha um chaveiro com sete chaves.Então outra porta aparece para ele na parede oposta da porta que ele entrou.Ele pega as chaves e abre a porta, e vê uma longa escadaria escura, que o leva ao que parece ser a superfície, pois há uma luz no final da escada.Sobe a escadaria e percebe que está no pátio do grande castelo que havia entrado.No meio do pátio, está Eu, parado com um sorriso no rosto.Eu se aproxima de Sócrates e diz:

-Você conseguiu. – e o cumprimenta.

Sócrates sorri.

-Foi você que fez tudo isso?

-Não.Quem fez aquilo foi o meu irmão.

-Irmão? – depois de perguntar, Sócrates fica pensativo; porém logo chega a uma conclusão.

-Eumesmo?

Eu meneia a cabeça positivamente.

-Já devia imaginar.A mãe de vocês tem um péssimo gosto para nomes.O seu irmão me atrapalhou bastante.

-Não.Assim como eu, ele só quer lhe ajudar.Porém ele trabalha de uma maneira diferente da minha, e nem sempre compreendemos bem o que ele faz; mas tudo o que ele quer é proteger você, mesmo que faça isso de uma maneira que você não concorde.

-Entendo...Mas e agora?

-Você está com as chaves que defendem o seu coração; está na hora de tentar abrir ele para algum amor entrar.

-Ah, aquela nossa velha discussão.E se esse amor me machucar?

-Para amar de verdade, é preciso estar disposto a sofrer dores.

-Só amam de verdade aqueles que estão dispostos a sorrir e a chorar. – diz Sócrates com um sorriso no rosto.

-Exato.Venha ver uma coisa.

Eles vão para a frente do castelo.

-Olhe os tijolos de perto.

Sócrates se aproxima dos tijolos e percebe que há apenas "Timidez" escrito neles.

-Aqui estava escrito "Orgulho" também não é?

-É.Entretanto, não está mais.

Sócrates sorri.


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