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Victória

-- Lelê por favor, me leva lá.

-- Que isso, patroa, chefão não autorizou não. – disse bebendo um gole de café.

-- Leandro, se põe no lugar da Victória. Cara, ela tá sofrendo, eu estaria assim também se fosse com você! – disse Dani, a namorada de lelê

-- Oh, Daniele, não se mete nisso não.

-- Me meto sim! A mulher tá em depressão aí, e tu tem coragem de fazer isso? Cadê seu coração? Eu em, você vai levar ela sim, se não vai se ver é comigo! – disse autoritária e ele pareceu pensar.

-- Já estou vendo que não tenho saída né? – nós duas negamos com a cabeça. – Já é, então patroa, meio dia venho aqui pra te buscar, se atrasa não.

Meu coração explodiu de alegria, hoje eu mataria a saudades do meu amor, hoje eu o veria depois de dias, meses.. Queria abraça-lo, beija-lo mas eu não poderia, mas só de vê-lo, já valia a pena.

-- Obrigada, Dani. – a abracei.

-- Não tem que agradecer Vic, sei o quanto está sofrendo, e se fosse comigo eu sofreria também. Eles não tem esse direito.

-- Que horas tem? -- Perguntou lelê

-- Nove e meia.

-- Então patroa, vou colar lá na boca por um tempo, e depois vou voltar aqui pra te buscar, vê se não demora. – assenti com a cabeça – Vai ficar daí, Dani?

-- Vou ajudar a Vic com as crianças, depois vou lá na minha mãe.

-- Já é, mais tarde eu passo lá pra te ver.

-- Tá bom. – o mesmo deu um selinho nela e saiu. – Vic, hoje é aniversário da Julinha, e a minha mãe vai fazer um bolinho pra ela, deixa eu levar a Tina e o Bê?

-- Levar você pode, mas já aviso que a Valentina não é fácil de lidar não em!

-- Tudo bem – sorriu – ela tem a mesma idade que a Júlia, as duas se dão bem.

-- Eu espero, Tina é tão chata pra fazer amizade.

-- Até que ela gostou de brincar com a Júlia.

Ficamos conversando um bom tempo, Valentina chegou da escola e logo iria pra casa de Tati, e o Bernardo iria pra casa de Alana, as duas ficaram super feliz ao saber que eu iria ver o Patrick, e sinceramente, eu também! Meu coração acelerava de uma forma que as vezes parecia até que tinha parado de bater.

Me arrumei e esperei as meninas vir pegar as crianças, estava dando a mamadeira do bê, quando a Tina chegou.

-- Mamãe, sabia que o bê neném chamou o papai hoje?

-- Sério amor, que horas?

-- Quando estávamos vendo meu Amigãozão. – sentou ao meu lado – Mas, qual dos papais ele estava chamando? – fez cara de pensativa – ele tem dois, não é?

-- É sim, ele tem dois..

-- Deveria ser o meu papai, porque o papai dele, ele não vê a muito tempo.

-- O papai dele, olha por ele lá no céu! – apontei. – olha por você, e por ele.

-- Ele virou uma estrelinha? – balancei a cabeça positivamente – O meu papai não virou também não, né?

-- Não, o seu teve que trabalhar, mas daqui a pouco ele já está aqui.

-- Sabe mamãe, eu tô com muitas saudades dele.. Eu queria que ele me levasse na pracinha.. Olha – Retirou da mochila um papel – olha o desenho que fiz. É eu, você, o papai e o Bê neném no colo do papai – indicando – aí, a titia da escola me ajudou a escrever te amo, olha.

Primeira Dama II [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora