Patrick.
Logo vi aqueles polícias atrás de mim, e pensei em minha mente, "fodeu, rodei novamente."
Estava prestes a retirar a pistola da cintura, não ia rodar assim tão fácil, quando ouvi aquela voz familiar.
— Calma, Patrick. — era o policial Marques que logo segurou minhas mãos.
— Porra! — passei a mão na cabeça — Achei logo que ia rodar.
— Quanto tempo não vejo tua cara em. — ele diz sarcástico.
— Que bom né? Porra, depois nós bate um lero, já é? — tentei caminhar até o corredor.
— Não! Não vou poder deixar você entrar assim. — ele me olhou de cima a baixo — Matou quem?
— Depois te dou o relatório completo pra tu adicionar a minha ficha criminal, tá? Mas porra, minha mulher tá dando a luz. Me ajuda aí! — ele suspirou.
— Vem, vamos por aqui. Tu precisa de uma roupa hospitalar.
Sorri de lado e o segui, chegamos numa sala e tive que fazer todas aquelas parafernálias e enfim, pude ir até a Vic.
Do corredor era possível ouvir os gritos e gemidos de dor da Vic, o que me fez ter mais medo, ela nessas situações vira um monstro.
Do vidro da sala a observei. Ela suava, seus olhos estavam fechados e sua mão segurava com força o ferro da cama. Ela fazia força, muita força.
Entrei naquela sala e por um lado fiquei bem incomodado por ter um homem olhando entre as pernas da minha mulher.
— Segura a minha mão, por favor. — ela disse com a voz de choro, cheguei mais próximo a ela segurando sua mão e depositando um beijo em sua testa.
— Você consegue! — disse a ela que me respondeu confirmando com a cabeça.
— Vai, empurra. — o doutor disse.
— O que você acha que eu estou fazendo? — ela disse nervosa — Eu tô empurrando.
— Faz força, porque assim o neném não sai. — uma enfermeira disse.
— Olha só, o que eu mais tô fazendo aqui é força! — ela gritou — Ou você acha que estou gostando de sentir dor? Não me mandem empurrar, se não eu vou empurrar a minha mão na cara de vocês! — as pessoas a olharam assustadas.
— Amor, calma. — disse baixo pra ela.
— Calma? — ela me olhou — Eu estou colocando uma criança pra fora e você me pede calma? — ela gritou mais uma vez, com certeza era por conta da dor.
— Está coroando, só mais um pouquinho. — o doutor disse.
Vic segurou em minha mão e com os olhos fechados depositou todas as suas forças tentando empurrar aquela criança pra fora de si.
Ouvi um choro grosso e alto ecoar na sala, e logo pude ouvir o choro da Vic.
— É um lindo e grande menino. — Disse o doutor segurando aquele bebê.
— Menino? — perguntamos juntos.
— É, menino. É bem dotado por sinal. — a enfermeira disse e sorri.
O bebê ainda chorava quando foi colocado encima do peito de Victória que também chorava ainda. Ela me observou por um segundo e olhou o neném.
— Como ele é lindo. É muito parecido com você. — ela disse chorando.
— Mas tem o seu nariz. — disse sorrindo mas sentindo o nariz arder.
— Meu Pedro Henrique. — ela disse — Nosso Pedro Henrique.
— Meu Ph. — digo sorrindo e chorando ao mesmo tempo.
Pedro foi retirado do colo de Vic para cortar o cordão umbilical que ainda os ligava e fazer todo aquele negócio de banho, passagem e outras coisas.
— Ou rapaz, ainda tem que ficar aí? Gostou? — repreendi o doutor que ainda estava entre as pernas dela.
Ele sorriu.
— Eu tenho que à costurar. Não posso deixa-lá sangrando e deu sorte. Seu filho não fez estrago nela não, por mais que ele seja grande.
— Praticamos muito durante a gestação. — disse e recebi um tapa da Victória.
(...)
Vic amamentava o Pedro que era um grande esfomeado, e eu os observava. A minha família era a coisa mais linda que já pude ter na minha vida, se eu pudesse eu os admiravam por horas.
— O que foi? — ela me perguntou sorrindo.
— Vocês são tão lindos. — digo olhando fundo em seus olhos.
— Para, eu tô toda acabada, tô cansada, descabelada. — ela tenta arrumar o cabelo.
— Continua linda pra mim. — digo selando nossos lábios.
— Eu amo você. — ela diz.
— Eu amo você, muito mais. — respondo segurando em sua mão — A nossa paz voltou. — digo.
— Como assim?
— Acabou, o Cleiton morreu. Eu o matei, Vic. Não temos mais com o que se preocupar. A nossa paz voltou a reinar. — digo brincando com os seus dedos.
— Você.. Você jura? — ela pergunta nervosa — Teremos paz pra sempre?
— Paz pra sempre eu não prometo meu amor, até porque nunca tivemos paz. Mas eu prometo que essa tempestade ruim já acabou e que nada de grave irá nos acontecer. Nem que pra isso eu dê minha vida.
Vic sorriu e chegou mais perto colando nossos lábios.
— Obrigada. — ela disse com sua testa colada a minha.
" Queria sempre essa alegria, viver sonhando quem me dera.."
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Primeira Dama II [Concluído]
Teen FictionCapa feita por @ElohCobain.. Obrigada! +18| "Mesmo com seu ciúmes, mesmo com seus costumes difíceis de aceitar, aceitei estar do seu lado e prometi me adaptar.. Quantos momentos sentimos saudades e por orgulho não confessamos a verdade, fizemos bur...