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Victória.

"— Até que enfim nos encontramos.

— Hora do nosso acerto de conta, né?

— Tu fica tranquilo, Patrick, prometo acabar com a tua dor rápido. — é um tiro é disparado acertando Patrick em cheio e o fazendo cair no chão."

Acordo assustada me sentando rápido na cama, respiro e olho para o lado vendo PK dormindo tranquilamente ao meu lado.

Solto um suspiro pesado e enxugo o suor que desce por minha testa.

— O que foi, amor? — pergunta ele meio sonolento — De novo aqueles pesadelos? — assinto.

— Sempre acaba na mesma parte, Patrick. Isso é um aviso, será que não vê? — ele suspira.

— Amor, o que aconteceu hoje, você quer que aconteça todo dia? Quer que aconteça algo com o você, ou com nossos filhos? — neguei — Então, me deixa terminar isso, tá bom? Eu juro pela minha vida que não se torna uma vingança medíocre. É pelo a vida de vocês. — assenti e deitei ao seu lado me aninhando em seu braço e senti o mesmo me abraçar.

Patrick.

Vic tá tendo uns sonhos estranhos por um tempo. Ela diz que sempre acaba na mesma parte, e essa parte, é aonde eu tomo um tiro.

Não que eu não vá acreditar em sonhos, eu acredito, é um sinal divino, tá ligado?

Mas seilá, o da Vic já é fixação da cabeça dela..

Acordei dei um beijo na minha mulher, me arrumei e fui pra boca. Era cedo ainda mas eu já tinha que resolver uns problemas.

Montei na 66 e desci rasgando até a boca, cheguei lá e fiz um toque com os meninos da contenção.

— Kl, cola aqui na boca. — disse sentando na cadeira.

— Porra, essa hora? Victória te expulsou de casa? — disse reclamando.

— Vai se foder! Brota logo aqui antes que eu vá buzinar aí e acorde a Tatiana..

— Que ela jogue quente na tua cara, filho da puta! — reclamou — Marca um dez, daqui a pouco​ broto ai.

Continuei arrumando as papeladas encima da mesa quando a porta foi aberta.

— As donzelas decidiram vir cedo hoje? — digo vendo Kl, HG, e Lelê entrando.

— Ah porra, tô boladão, vem zoar não. — Lelê reclamou cruzando os braços — Kaio não pode dormir e sai acordando todo mundo, pude nem tirar uma casquinha da Daniele. — ri.

— Se cansa de trepar não, cara? — Kl disse.

— Só porque tu não trepa, não empata minha foda! — disse Lelê debochado e Kl fechou a cara.

— Vai tomar no ..

— Ou! — interrompi eles — Parecem duas crianças caralho, se liga aqui! — abri os braços — Qual foi, Hugo? — encarei HG.

— Tá ligado que ontem eu fiquei na contenção pra cobrir o pipoca que foi no enterro da tia dele, certo? — assenti — Então, um carro preto rondou por aqui, bem na hora que vocês saíram ontem se ligou? Ai logo depois a Vic desceu com as crianças e a Tati, o carro sumiu por um tempo, ai voltou. Quando eu vi que eles estavam escoltando muito soltei logo o dedo, mas só pegou no vidro e no retrovisor, deve ter acertado ninguém não.

— Porra, e tu só vem me dizer isso agora? — exclamei

— Ué, caralho, você subiu que nem uma bala, quando ia falar com você a Alana me contou o bagulho da Tina. Deduzi que tu tava quebrando o pau lá com a Vic. — suspirei e passei as mãos no cabelo, os bagunçando.

— Que porra aconteceu? — Lelê perguntou.

— P.a foi atrás da Vic no shopping ontem. Ele pegou a Valentina e ainda soltou um tapa na cara da garota — respirei fundo — Minha vontade era de socar a cara da Victória.

— Tu não bateu nela não, né? — Kl me olhou já arcando a sombrancelha.

— Lógico que não. Eu disse que não vou bater nela. Mas vontade não faltou.

— Mas então, algum plano? — HG perguntou.

— Por enquanto não, meu foco é o Cleiton. Aquele ali vai ter uma morte dolorosa pra ele aprender. P.a foi a mando dele. Certeza.

— Bom, ontem nós vasculhou aquele morro de cima a baixo e não encontramos nem ele nem o P.a — disse Kl.

— Mas vamos resolver isso. Uma hora um dos dois vai ter que aparecer.

— Tá certo. — Lelê concluiu.

(...)
Victória

Estávamos no bar da dona Rosa, que era bem no pé do morro.

Resolvemos de tomar uma cerveja. Pk, HG, Kl e Lelê estavam jogando sinuca dentro do bar enquanto Eu, Alana, Tati e Dani estávamos sentadas nas mesas do lado de fora.

Tina e Julinha brincavam na porta do bar, um pouco mais afastado e Bernardo estava no colo da Alana.

— Amiga, pega uma coca lá pra mim? — Tati perguntou a Alana.

— Uhun, vou lá pegar pirulito pras crianças também — levantou da cadeira e chamou Bernardo — Vamos com a dindinha amor? — ele sorriu e ela o ajeitou em seu colo.

Uma freada foi ouvida na rua e todos se assustamos, o vidro do carro preto foi abaixado e uma arma foi apontada, não teve tempo de gritar ou posso parecida, o tiro foi disparado acertando Alana.

Patrick já saiu do bar descarregando sua pistola, mas os tiros só acertam nos vidros.

— O Bernardo! — ela gritou.

Peguei o mesmo que estava sujo de sangue, mas o tiro não havia acertado ele.

— A.. amiga, seu braço. — apontei já sentindo meu estômago revirar.

— Não está estancando. — disse Tati ao enrolar a fralda de boca do Bernardo em seu braço — Tem que levar ela ao hospital, HG. — o mesmo a pegou no colo, a colocou no carro e foi para o hospital.

Senti um balanço e algo abraçar as minhas pernas, olhei para baixo e vi Valentina que chorava.

— A titia Alana vai morrer? — perguntou.

— Não amor.. — Tati se abaixou e ficou em sua altura.

Não prestei atenção no que Tati falava, eu apenas olhava para Patrick que me olhava com um olhar tenso e frio, profundo e rancoroso.

Balboceei um " eu quero a nossa paz de volta!" E ele me respondeu com um " logo logo a teremos.

Primeira Dama II [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora