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Victória

— Tô com muita fome. – disse saindo do banheiro secando meus cabelos e vendo Patrick sentado na beirada da cama apenas de cueca.

Passamos o dia todo fazendo amor que nem ligamos que já tinha escurecido.

— Vou só tomar um banho rápido e vamos comer na rua. — assenti e o mesmo me deu um selinho e entrou no banheiro.

Vesti um macaquinho e penteei o cabelo, passei uns hidratante e desci, comi alguma coisa por que meu estômago doía de fome e minhas pernas tremiam. Logo vi Patrick descer com sua bermuda jeans, seu chinelo da reef, sua camiseta da Oakley e seu boné pra trás. Tão lindo, tão meu.

— Vamos, Magali? — levantei do sofá sorrindo e caminhei em sua direção e dei um selinho no mesmo, entralacei nossas mãos e fomos em direção a porta. — Vamos de carro, ou apé?

— Vamos apé, amor. — ele assentiu e abrimos o portão.

Segurava a sua mão com força, e íamos subindo o morro, meu sorriso era de orelha a orelha, e cada vez se esticava mais, se possível.

Vi os olhares a Patrick, uns surpresos, outros com medo. Uns falavam e outros apenas olhavam..

Eu tinha me esquecido como era bom sorrir, de como era bom sorrir pro vento, até mesmo pra uma mosca que passasse voando em minha frente.

Fomos até a cantina do seu Joca e fizemos nossos pedidos, todos passavam e falavam com Patrick, o mesmo cumprimentava todos com sorriso no rosto.

Fomos até a mesa que ali havia e sentamos na cadeira.

— Tem alguma coisa pra me contar? – me perguntou enquanto alisava minha coxa.

— Tenho tantas.. – sorri – não sei nem por onde começar.

— Que tal pela parte da porrada na Luana? – sorriu – Pode fazer mais uma vez, dessa vez, comigo gravando..

— Idiota – dei um tapa leve em seu braço. – Lelê é fofoqueiro em!

— Sei de tudo que aconteceu nesse morro, Victória. Estava ausente, não morto.

— E eu estava com saudades. – entralacei nossas mãos.

— O importante é que estou aqui agora. – selou nossos lábios – Vai, me conta.

— Aí amor, ela me irritou..

— Pra você mandar ela pro hospital.. irritou bastante.

— Eu não sou assim.

— Em uma hora temos que não somos pacíficos sempre. Uma hora explodimos, extrapolamos.. A sua hora chegou, ué.

— Já apanhei tanto nessa vida, que aprendi a ter nojo de agressões. – o olhei e vi o semblante de Patrick mudar. – desculpa amor, é que..

— Tudo bem – alisou minha coxa novamente — Eu te entendo.. Bom, vai ter uma criança que vai ficar mai velha, semana que vem né?

— É verdade. – sorri sincera – eles vai ficar tão felizes de te reverem novamente.

— Será que eles me esqueceram?

— O Bernardo por ser pequeno, pode te estranhar, mas a Valentina não, aquela ali, parece um fita de vídeo.. grava tudo.

— Estou com saudades deles. Saudades demais.

— Estávamos também – peguei em seu braço – É bom te ter de volta. – lhe dei um selinho.

— Nunca mais falará essa frase de novo, nunca mais deixarei vocês, pode ter certeza. – retribui o selinho..

Primeira Dama II [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora