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Victória| Último capítulo | COMENTEM BASTANTE ❤

Hg parou o carro e sorriu pra mim, só então percebi que ele estava com uma roupa digamos que social.

O mesmo saiu do carro e veio para o meu lado, abrindo a porta e me dando a mão para que me ajudasse a sair.

— Não olha agora. Tenho que por esse bagulho aqui no seu olho.

— Sério que tem necessidade disso? Me mata logo aqui, juro que não vou gritar.

— Porra, tu é chata em. Não vou te matar não, garota, mesmo minha vontade sendo essa. — sorriu — Fica calma comadre, te garanto que é coisa boa. — repousou a mão sobre o meu ombro e colocou o tapa olhos em mim.

Hg pegou em minha mão e me guiou por um certo tempo. Passado um determinado tempo, paramos de caminhar e pude ouvir a respiração ofegante de alguém perto de mim e logo alguém segurou minha mão.

O tapa olhos foi retirado e tive a visão de um lugar todo iluminado. Por conta da noite, tinha luzes do tipo pisca pisca por todo canto, uma árvore era localizada bem no centro. Todos estavam ali, inclusive Alana que segurava Pedro no colo.

Olhei todo o local e pude perceber que não estávamos no morro o que fez meu coração acelerar, já que não tenho um bom históricos de surpresas.

Patrick apareceu no meu campo de vista e ele estava tão lindo, mais lindo do que ele já é normalmente e não é porque eu estou super nervosa e porque eu sou completamente apaixonada por ele, mas realmente ele estava maravilhoso.

— Você está... — senti meu nariz arder.

— Não. — ele disse mais próximo — Não chora, pelo menos não agora. — disse segurando minha mão.

Caminhamos até o centro daquele local e lá estava uma espécie de juiz de paz ou algo assim..

— Eu não acredito. — sorri e apertei sua mão.

— Se é pra fazer vamos fazer direito né? — sorriu — Você está maravilhosa. — sorri..

Apertava a mão com Patrick com tanta força, talvez seja pela nervosismo ou então com medo de ser apenas um sonho...

— É real.. — disse num tom baixo que soou como um sussurro.

— Boa noite a todos que estão aqui. — o juiz de paz começou a falar — Eu ia começar com uma oração, para abençoar todos que estão aqui, mas o Patrick disse que todos iriam dormir. — todos riram e então pude perceber quem era o tal juiz de paz. — Então, eu resolvi começar dizendo como eu conheci esse pequeno casal. Pequeno mesmo.

Patrick olhou pra mim e sorriu com um olhar de ternura.

— A primeira vez que eu vi o Patrick, foi quando ele pulou o muro da minha casa pra pegar uma pipa que havia caído lá. Desde pequeno já sabíamos que ele iria ser arteiro. Um menino briguento, não parava um minuto mas era de bom coração. Vivia ajudando as senhoras daqui do morro sem querer receber nada em troca. Ele demonstra pelo menos um pingo de amor, do que nunca recebeu em casa, até conhecer a Victória.

Sorri.

— A Victória era aquela menina que vivia com seus grandes e longos cabelos ao vento. Estudiosa, ajudava a mãe em todas as partes por ser só elas duas. Eles se conheceram muito novos e põe novos nisso. Lembro do Patrick carregando a mochila da Victória na volta da escola e de todas as vezes que ele veio conversar comigo, pois achava que eu era um padre. — rimos — E ele dizia que ela, somente ela era o motivo dele ir a escola. E que nela havia recebido o amor que não havia recebido de ninguém. — senti Patrick apertar minha mão — É estranho dizer isso depois de tudo que vocês passaram, pois confesso que não foi nada fácil. Lembro das noites em que a Victória me ligava apenas para abrir a igreja para ela dobrar seus joelhos e pedir a Deus para que protegesse a vida dele. É com as palavras que Victória me diziam naquela época era "Ele não merece sabe pastor, ele não merece mesmo, mas infelizmente​ e eu o amo, e eu o amo tanto que é impossível o ver sair e não vir aqui, pedir a Deus por proteger a vida dele, porque também é a minha vida." Essa relação não foi fácil, houveram separações, dor, choro e eu estive presente, sempre tentando ajudar os dois. E hoje estou aqui, abençoando e ajudando a oficializar essa união que começou tão cedo, e que daqui, é até a eternidade.

Primeira Dama II [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora