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Victória.

Alana passou aqui mais cedo antes para pegar o Bernardo pra ir à padaria como ela sempre faz.

Esses dias Patrick vive mais na boca do que em casa, eu não reclamo, mas tenho medo toda vez que ele sai.

Acabo de fazer o suco e ponho na mesa, Patrick come um pedaço de bolo e Valentina como um pão de queijo.

— Titia Alana tá demorando muito com o Bê neném, mamãe.

— Padaria deve estar cheia. — digo colocando um copo de suco pra mesma. — Vai trabalhar hoje, amor?

— Só mais tarde. — disse limpando a boca — Hoje vou ver filme com a Valentina porque ela está me perturbando, que não seja no ...

— Victória. — Patrick é interrompido por Alana que chegava chorando — Me perdoa, pelo amor de Deus.

— O que foi? — Patrick perguntou nervoso. Olhei em sua volta e não o vi..

— Cadê meu filho, Alana?

— Amiga, me desculpa. — colocou as mãos sobre o rosto — Eu.. Eu não sei. Eu tava pedindo pão e deixei ele como sempre deixavamos, eu virei e ele não estava mais..

— Como assim, ele não estava mais? — me desesperei.

— Eu não sei!!! — disse soluçando — Eu.. Eu olhei, e, ele não estava mais lá. Disseram que foi a Aline.

— O que? — Patrick gritou

— Como é possível, eu mandei o Lelê jogar sumir com ela!

— Mas eu sumi — disse Lelê ao entrar com Dani — Eu joguei ela aonde tu mandou, patroa. Só que ela é igual Fênix, renasce das cinzas. Essa piranha é estranha.

— E como é que tu não fez nada pra impedir? — Patrick gritou com Lelê.

— Não era eu que estava na contenção não! — levantou a mão em forma de redenção— Tu mesmo mudou os turno, eu, Kl e Hg não estamos nesse turno.

— Porra! Não é possível!!! —Patrick chutou a mesa.

— Mandaram o papo que ela pulou o muro, chefe. Tá de aliança com P.A

— Quando eu pegar aquela vagabunda eu vou, torturar ela, até ela pedir pra morrer. — disse indo em direção a porta.

— Vai pra onde, Patrick? — segurei seu braço.

— Não me segura não! — gritou comigo — Isso tudo é culpa sua! — saiu.

— Calma amiga — disse Dani ao me abraçar — Dá um tempo a ele.

Patrick.

Sai de casa desnorteado, não acreditando que aquela vagabunda havia pego meu filho!

Passei na boca e peguei algumas coisas lá. Precisava espairecer a mente, ou ao menos tentar.

Subi na moto e arrastei até o mirante, minha vontade de chegar lá era imensa.

Peguei o pó que estava no meu bolso, uma nota de dez e ali fiz uma carreirinha mostra que há tempos eu não fazia.

Eu não sentia mais necessidades de usar drogas, não sentia mais o mesmo entusiasmo como antigamente, mas era preciso, eu precisava fazer aquilo.

Depois de usar tudo isso, senti-me um pouco relaxado e voltei pra casa.

Victória.

Tatiana levou a Tina pra sua casa, já que eu estava muito nervosa, Alana foi levada pra casa no colo, depois de darmos calmante à ela. Ele está super arrasada, e entendo ela.

Depois de ter tomado duas aspirinas de uma vez, deitei no sofá pra ver se me acalmava e tentar raciocinar com calma, bolar um plano, não sei, mas não poderia ficar longe do meu filho.

Ouvi a porta se abrir e vi Patrick passar por ela, seu rosto estava vermelho junto ao seus olhos, seu peito subia e descia rapidamente e ele suava.

Ele fechou a porta e passou por mim me dando uma breve encarada, foi em direção a escada para subir pro segundo andar, mas fui atrás dele.

— Eu não acredito que tu se drogou! — puxei seu braço — Porra, nosso filho foi raptado, e tu tá aí, usando drogas?

— Me solta, Victória. — disse rude.

— Não! — gritei — Eu não vou te soltar, você tá entendendo a gravidade dá situação? Porra, cresce!

Foi a gota d'água. Patrick me pegou pelo pescoço e me imprensou na primeira parede que viu.

— Tá me machucando, Pa.. Patrick. — disse sentindo os seus dedos se fechando em minha mandíbula.

— Eu cresci, é por isso que tô aqui. Eu tinha que ser um filha da puta e pouco me importar com você, ou com o Bernardo, até porque ele não é meu filho! Mas eu me importo! Isso é tudo culpa sua! Se me escutasse, ficasse em casa, esperasse essa porra toda passar, isso não seria assim! — soltou meu pescoço — Agora vê o que tu faz aí. Aprende a matar os outros dá próxima vez, ninguém fica com pena de você, ou algo assim.

— Tem certeza que isso é culpa minha? — passei a mão pelo pescoço — Se você não tivesse arrebentado ninguém, não tivesse comido ninguém, nem engravidado, não estaríamos passando por isso novamente. — vi o olhar de Patrick penetrante em mim e seu peito subir e descer, e logo lançou um tapa na minha cara.

Coloquei a mão sobre o tapa e tentei ir pra cima do mesmo, só que fui segurada pelos braços.

— E.. Eu sinto muito, Victória..

— Cala a boca! — o interrompi — Quem é você? Que nojo você se tornou? — disse o encarando, caminhei até a porta e sai, batendo a mesma.

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Olá lindas, tudo bem? Mil desculpas pelo sumiço, de verdade..

O grupo ainda tá de pé, viu? Por favor, se entrarem, interajam!

Amo vocês ! ♥

Primeira Dama II [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora