5

10.5K 808 46
                                    

Patrick

Cada dia que passa, é mais um tormento.

Eu quero minha casa, minha mulher, meus filhos, meu morro.

Essa semana entrou uns caras da facção rival aqui, eles que não são bobo nem nada, já me reconheceram de longe.

Mas ai que entra em questão, como não fui indiciado como dono do morro?

Isso tá armado, mas seja quem for esse filha da puta, ele me paga.

Me pegaram com uma .38 na cintura apenas, mas sabe como é esse filhas da puta né? Logo me empurraram um monte de coisa.

O sub gerente da ficção rival também foi preso, uns dos meus maiores inimigos, o P.A

Paulo André, vulgo P.A, é nada menos filho do cara em que matei a sangue frio. Meu primeiro assassinato da minha enorme lista de vítimas.

Mostrei pra ele que com o meu morro ninguém mexe, e se tentar invadir, é chumbo na cara sem do nem piedade, moro?

-- Mano, ele não para de tr encarar. – disse Cacá enquanto estávamos na quadra.

-- Deixa ele, deve ter me achado bonito. – sorri de lado – Eu prefiro nem olhar, se não vou lá, e dá um murro na cara dele.

-- Sabe que não pode arrumar confusão aqui né? Só vai complicar teu lado.

-- E que se foda! Já estou sendo tratado como bicho mesmo, já tinha nojo de cana, agora então, piorou. Não é só porque tô aqui preso que deixei de ser quem sou. Vai mexer comigo vai tomar logo o dele. Não virei bagunça.

-- É, só se liga, porque se tu arrumar muita confusão, vai acabar chamando atenção.

-- Já é.

Olhei P.A e o mesmo me encarava, se estivesse com minha arma aqui, ja teria disparado na cabeça desse filha da puta.

Hoje era dia de visita, e Lelê viria pra dizer como estava as coisas lá no morro, já que KL estava como "dono" agora.

Logo o cana veio em minha direção me algemando e me levando a sala de visitas.

-- E aí chefe.

-- Fala aí – dei um sorriso forçado – como estão as coisas.

-- Tá tudo tranquilo, tudo como sempre deveria estar.

-- É isso que gosto de ouvir. E a Victória?

-- Ela meteu a porrada na Luana semana passada.

-- Quê? – perguntei abismado

-- Não reconheci a Vic não, chefe, parecia que ela tava com coisa ruim dentro do corpo, se ligou? Luana foi parar no hospital.

Passei a mão no rosto, o que a Victória havia se tornado?

-- Preciso sair daqui o mais rápido possível – susurrei baixo.

-- Relaxa aí que tu não tá esquecido não, chefia, logo logo tua liberdade vai bater na porta. Mas como tu é abusado, tu vai pular a janela. – rimos e continuamos a conversar.

Kaio

-- Então, já sabe algum plano? Mano, eu bato com a morte todo dia.

-- Tá devendo? – disse Xande

-- Com a Vic, mano. Aquela ali tá com um capeta no corpo, semana passada mandou uma pro hospital, não quero ser o próximo não.

-- Estamos falando da mesma Victória? A Ex do Lz, aquela calmaria em pessoa?

-- Aquela calma em pessoa? Visita ela novamente, pra vê se tu acha isso.

-- Caralho, consigo acreditar não – sorriu e tragou o cigarro – Mas, então, tenho um parceiro meu, privado lá também.

-- Tô ligado, é o Cacá né?

-- Esse mesmo. Então, pra nós fazer o bagulho maneiro, temos que molhar a mão de alguém lá dentro pra não dá merda até pra nós mesmo.

-- É, tô ligado. – passei a mão pela barba

-- Então, temos que agir na miúda, sacou? Eles sabem que o Pk é mais que isso, só tão fazendo o jogo deles..– ouvia tudo atentamente, enquanto Xande contava o que tinha planejado.

( ... )

-- Mano, que tudo que foi planejado saia como o esperado.

-- Vai sair sim, na fé de Deus. Pk e Cacá são meus parceiros. Não vou abandonar eles.

-- Nunca, então, qualquer dá um toque, morô? Eu vou rala, porque tenho uns negócios pra resolver lá no morro.

-- Tá de frente agora? – assenti – boa escolha do Pk, tu sempre foi de fechar 10 a 10.

-- É isso sempre – sorri – tô indo, qualquer coisa avisa. – fizemos o toque de bandido e me levantei indo em direção a porta daquela sala, e quando abri, vi uma menina. Ela era bem bonita, muito bonita até, ela era branca, cabelos claros até a cintura e um corpo bonito, a mesma estava de costas e quando se virou, o seu rosto estava roxo e seus braços vermelhos, deduzi ser uma amante de Xande, o mesmo sempre foi legal com os parceiros mas com mulher ele sempre trouxe má reputação.

Não entendi como esses cara conseguem bater nas mulheres. O Pk é a prova viva disso, tanto fez com a Victória que quando perdeu ela, ficou pior que esses cão sem dono. Nego so perde quando dá valor, mas desse mau eu não corro, não preciso perder a Tatiana para dar valor a ela, a mina sempre fechou rente a rente comigo, nunca agi na vacilação com ela e nunca precisei. Tudo que eu precisava eu encontrei em uma mulher, apenas.

Montei na minha XRE e fui em direção ao morro, tava com saudades da minha neguinha..

— Oi amor – selou nossos lábios – Como foi lá?

— Bom, arquitetamos bem né, o que falta é por em prática. E espero que saia como esperamos.

— Vai sim amor, se Deus quiser.

— Só não quero qus conte nada a Vic, sabe como ela é né? Se não der certo, eu vou parar no IML – ela sorriu.

— Eu tô com pena da Vic, ela não é assim. – se sentou em meu colo — Ela nunca foi assim, agora mal ela fica com as crianças.

— Ia te pedir outra coisa, fica com as crianças essa semana?

— Tá, mas porque?

— Logo tu vai entender, morena. – selei nossos lábios.

Primeira Dama II [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora