Capítulo XXVII

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Transformações...



  Eu... eu... nem eu mesmo sei, nesse momento... eu... enfim, sei quem eu era, quando me levantei hoje de manhã, mas acho que já me transformei várias vezes desde então.  

Lewis Carrol.






Se eu pudesse, nunca teria saído da cama do Daniel, mas ele tinha que trabalhar, e também ele achava que a Ana iria me matar, porém por incrível que pareça minha irmã não tinha ligado, mas, mesmo assim, eu tinha que ir, quando cheguei no meu apartamento a Ana não estava lá, com certeza ela estava com o Fagner, sentei no sofá passando os momentos da noite passada, um sorriso surgiu e a imagem do Dan veio em minha mente, uma felicidade sapateava dentro de mim, "o aceito" dele ainda soava poesia aos meus ouvidos, o Duque foi a melhor coisa que aconteceu comigo e eu não poderia perdê-lo, olhei para a janela e suspirei, desde da noite passada que estou com uma sensação de está esquecendo alguma coisa isso estava me assustando.

Fui para o banheiro tomar um banho, mesmo com a preocupação de está esquecendo algo importante eu não podia conter a alegria que estava dentro de mim, nunca fui amado como ontem, nunca fui amado como estou sendo hoje, eu repassava os momentos que tivemos desde do encontro na livraria até ontem, valeu apena pelo menos tudo que fiz para chegar perto dele, nunca me sentir tão livre e agora eu e o Daniel somos namorados, essa ideia era tão absurda aos olhos da sociedade, mas para mim não era, eu encontrei a minha parte eu vou vivê-la,e nada vai me impedir.

Fui para o quarto peguei o celular, vi que tinha mensagem do Dan, sorri ao ler:

Ei... err bom dia, espero que não tenha se encrencado, estou cheio de coisas para resolver da livraria, mas ainda quero te ver... e quero dizer, bem que.. A noite foi incrível e não sei o que vai ser daqui para frente mas pela primeira vez não quero saber. :) Bom dia e Eu te amo.


Uma rajada de emoções me invadiu por dentro, não percebi que uma lágrima tinha escapado do meu rosto, deitei na minha cama agarrando celular contra o peito, "Eu te amo" no final da mensagem essas palavras vindo dele era como combustível, me dava mais força para continuarmos juntos, peguei meu celular procurando a foto que tirei dele escondido, foi na hora que eu estava ajudando a lavar os pratos, ele ainda estava usando sua calça de moletom, seu corpo branco e viril a mostra me deixava estasiado, ele estava guardando os pratos na hora que bati ele nem percebeu.

Sorrir.

—Você está me assustando, sorrindo desse jeito. – Dei um pulo da cama, era a Ana.

—Que susto Ana! – Olhei para minha irmã mesmo com aparência cansada, ele estava escondendo um sorriso de satisfação.

— A noite foi boa né? – Falei rindo,

— Bom... Não é da sua conta, – Disse minha irmã desconcertada.

— Claro que não é, mas não vou perder a chance de zoar com você. – Me inclinei para perto dela e perguntei—Ele é bom de cama?

— Babaca.

Incondicional  (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora