Capítulo XXXII

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O medo e a verdade....



  A suspeita sempre persegue a consciência culpada; o ladrão vê em cada sombra um policial.  

William Shakespeare


  Não há fatos eternos, como não há verdades absolutas.  

Friedrich nietzsche










A chuva caía torrencialmente, da janela do escritório do Daniel, eu via as nuvens carregadas tomarem conta do céu, num introspectivo cinza, ao longe em meio a névoa dava para ver a silhueta a torre de cerâmica de Brenand, nas avenidas a água da chuva acumulava nos meios-fios, o tempo cada vez ficava mais frio. Meu coração apertava, toda aquela cena me lembrava o acidente com minha mãe, mas também algo me incomodava, um pressentimento ruim, eu sentia que algo estava para acontecer, eu só espero que Ana esteja bem, tiro meu olhar da janela tentando escapar das memórias que trazia a chuva a minha mente, voltei meu olhar para a sala do Dan, já era segunda vez que eu vinha para cá, mas só agora me apegava aos detalhes daquela sala. – As paredes do cômodo estavam preenchidas com estantes que cobriam toda sua extensão de cima ao teto, nas prateleiras via enciclopédias, dicionários, pastas de arquivos, livros e mais livros, porém em algumas prateleiras, tinha uns bonecos de desenhos japonês, eu via algumas figuras de cavaleiros dos zodíacos, digimon etc, em outras partes das prateleiras tinha fotos, maioria delas com um rapaz de cabelos castanhos, o Dan parecia feliz, em cada uma delas ele sorria daquele jeito espontâneo, isso me fez pensar quem seria aquela cara ?

Então a porta se abre.

Na minha frente o rapaz da foto estava, seus cabelos castanhos bem penteados, ele usava colete e uma gravata azul borboleta, num estilo esporte fino, sua caça jeans permeava suas cochas e em suas mãos ele tinha alguns papéis. O rapaz ao me ver me encarou fortemente, mantendo uma expressão presunçosa.

– Então você deve ser o Rick ? – Falou o rapaz.

– Sim, Eu sou o namorado do Dan e você quem é ? – Fiz questão de me expor, tava na cara que aquele rapaz era alguém importante na vida do Dan, então não podia ficar de fora, falei na lata qual era minha posição e a dele. – Ele sorriu de forma sarcástica.

– Claro, o Dan já falou sobre você, e também impossível não reconhece-lo das revistas.

Dan ? Fechei meu punho, não sou um cara ciumento, mas percebo que quando se trata do Duque eu sou.

Incondicional  (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora