Capítulo XVII

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Capítulo XVII



Uma Nova direção...


  Viajo sozinha com o meu coração, Não ando perdida, mas desencontrada. 
Levo o meu rumo na minha mão.  

Cecília Meireles.


 Sou uma pessoa insegura, indecisa, sem rumo na vida, sem leme para me guiar: na verdade não sei o que fazer comigo.  

Clarice Lispector.



O que foi que eu disse? Agora dentro do meu quarto tento colocar os acontecimentos em ordem, como foi que aconteceu? Ou melhor como aquelas palavras saíram? Eu.. eu falei que o amava? Não, não pode ser, eu estava muito emotivo por tudo que estava acontecendo..o sonho colaborou com aquele desfecho. Olhei para o espelho, o que vi foi um Rick com um semblante cansado.

- Por que essas coisas acontecem comigo? Eu não posso... Eu não devo estar... estar... apaixonado... ou será que estou? 

Enquanto eu tentava organizar minha mente, eu dava voltas no quarto...

- O que foi Rick? - Perguntou minha irmã perto da porta.

Olhei para ela... "preciso ser forte e fingir que está bem" -, Falei para mim mesmo em pensamento.

- Rick, aconteceu algo? - Deu para notar um tom de preocupação na voz da Ana.

- Nada Ana, estou nervoso... por causa do evento de hoje - dei um sorriso estranho que creio que veio com um ronco - patético você não acha? já cantei várias vezes, né?

- É... estranho mesmo. Olha Rick não invente de sair hoje, okay? Tá um caos lá fora.. você saiu que nem vi, então não invente mesmo de se aventurar por aí.

- Está bem Ana... não vou sair, prometo.

 Me sentei na cama.

- Obrigado Rick, vou falar com o Fagner no telefone depois venho aqui passar o cronograma de hoje.

- Ta certo - acenei de cabeça. Ela deu as costas, um suspiro de alívio, olhei para minha direita e percebi que o livro do Daniel estava no criado mudo ainda.

- Droga, esqueci de colocá-lo na bolsa. Peguei o livro e fiquei olhando para ele lembrando das poesias que tinha lido na noite passada principalmente "Reciprocidade", abri o livro onde a carta estava peguei e abrir ela de novo encontrando ainda a mesma frase. 


Eu te amo?

Uma sensação fria me tomou por completo, sentia as gotas de suor escorrendo pelo meu rosto, eu preciso entender o que está acontecendo comigo, desde que o João me deu essa ideia... - É isso! Só existe uma pessoa que pode me ajudar nesse caso, a mente maligna por trás de tudo isso, o Darth Vader gay, o maior ludibriador da escola, eu precisava dele.

João.

Peguei o celular e digitei o número do meu amigo, no terceiro toque ele atendeu:

Incondicional  (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora