Capítulo Vinte e Sete - Ricardo Vasconcellos

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FAÇAM SUAS APOSTAS ANTES DE LER O CAPÍTULO!

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FAÇAM SUAS APOSTAS ANTES DE LER O CAPÍTULO!

[...]

Remexo-me confortavelmente no colchão e tateio a mão ao meu lado, procurando inconscientemente por Daniela. A única coisa que sinto são pelos, e é uma pena que não sejam os pubianos da minha mulher.

Abro os olhos lentamente e giro meu pescoço. Zóiudo dorme praticamente no centro do colchão, a barriga redonda virada para cima, as patas relaxadas como se estivesse em sua própria cama.

Reviro os olhos. Eu mereço.

Levanto-me devagar, sonolento, ainda, e varro os olhos pelo quarto procurando pela minha cueca. Assim que a vejo, visto-a e saio do quarto, em busca da minha Feiticeira.

– Daniela? – Chamo pela primeira vez.

Nada.

– Amor?

– Na cozinha!

Ela está sentada na banqueta de madeira, os pés descalços, a camiseta que eu usava ontem à noite e que fora arrancada por ela as pressas, servindo de camisola. As sobrancelhas marcadas e cheias que eu tanto gosto, evidenciando ainda mais seus olhos verdes.

– Ei. – Grudo nossos lábios rapidamente. – Você acordou cedo.

– É, um pouco ansiosa. Café?

– Por favor. – Alcanço minha xícara e ela me serve.

Peguei alguns hábitos dela, como comer um pão pela manhã e ingerir uma xícara de café. O meu é preto, forte, e sem açúcar, o que tem me ajudado a acordar e depender menos do cigarro. Já o dela, misturado com leite e doce o suficiente para me deixar enjoado.

– É hoje, ?

Huhum.

Com um discreto gesto de cabeça, assinto, incapaz de dizer alguma coisa. Hoje saberemos se estamos esperando um mini ignóbil ou uma feiticeirinha abusada, e não sei explicar o motivo de estar tão nervoso.

Tanto faz o sexo, desde que venha com saúde. Mas ainda assim, sinto como se eu fosse cagar nas calças a qualquer momento, tamanha ansiedade.

– Vou tomar um banho, não quero chegar atrasado.

– Ainda temos três horas, pode ir tranquilo. assando uns pães de queijo pra gente.

[...]

A médica, com quem Daniela fizera amizade na primeira consulta – abandonando, pelo bem da minha sanidade, o obstetra boa pinta –, passa um gel na barriga dela, que, assim como eu, tem os olhos cravados no monitor de última geração.

Sua mão aperta tanto a minha, que daqui a pouco meus ossos serão quebrados, mas como devo estar apertando a dela na mesma intensidade, não me importo.

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