Capítulo Seis - Daniela Fernandes

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Bom dia!

Peço desculpas pela demora, mas foi exatamente por isso que não estabeleci dias certos para postar.

Uma leitora muito querida me questionou sobre ela não saber o nome do Rick e ainda não ter associado que ele é o mesmo que tentou subornar Levi. Em nenhum momento o amigo da Dani citou o nome do nosso garanhão. Ela ainda vai explicar em um dos capítulos como enviou o terno.

Beijos e ótima leitura.

***

Daniela

Estamos terminando a segunda partida, quando finalizo seu personagem com um golpe certeiro, dando-o de presente um belo "GAME OVER" piscando na tela. Ricardo solta um palavrão incompreensível, bufa e deixa o controle de lado. Tento reprimir o sorriso satisfatório que surge em meus lábios ao observar seu cenho franzido e sua expressão emburrada igual à de uma criança mimada, mas ele insiste em se instalar lá, e se transforma em uma gostosa gargalhada quando percebo o ego de Ricardo seriamente ferido.

– Vamos jogar mais uma. – Decreta e, imediatamente, balanço a cabeça em negativa.

– Não posso. Já estou morrendo de sono e amanhã será mais um dia longo.

Ele chacoalha o pulso e verifica as horas em um relógio que não preciso nem mencionar que deve custar um dos meus rins. Ou os dois.

– Só mais uma! Nem é tão tarde tão tarde assim, Daniela.

– Aceita logo que ela te apavorou, cara... – Felipe debocha com a voz alterada e um sorriso preguiçoso nos lábios.

Sinto uma raiva momentânea de meu irmão. Foram raras às vezes em que o vi embriagado e posso afirmar que Felipe torna-se um bêbado enfadonho.

Arranco a garrafa vazia de cerveja de sua mão e a coloco violentamente sobre a mesinha de centro, para então direcionar meu melhor olhar matador em sua direção.

– Não tem mais jeito. Admiti que depois dessa você também se apaixonou por ela. É inevitável, cara. Sempre acontece. Você também já estava fadado á isso. – Hugo acusa e percebo Ricardo remexer-se desconfortável no sofá, para então soltar um riso debochado.

Sorrio convencidamente no mesmo instante em que Rafael retorna do banheiro. Ele para ao lado da poltrona em que Felipe está quase morto e alterna o olhar de mim para Ricardo, para então explodir em uma gargalhada.

– Eu sabia! – Rafael vem até mim e senta-se em meu colo sem soltar todo o seu peso. Segurando meu rosto entre as mãos, ele declara de forma demasiada: – Danizinha, você é o nosso orgulho!

O único que não está rindo é Ricardo. Seu cenho está franzido e ele está claramente ferido com a derrota.

Típico de pessoa competitiva.

– Tá legal, nós teremos uma revanche, OK?

– Quando quiser, garotão. – Desafio.

Levanto-me do sofá e bato palmas. Os meninos entendem meu sinal e começam a recolher as garrafas de cerveja e os pratos sujos de cima da mesa de centro. Menos Felipe, porque este está em uma condição quase deplorável.

– Levanta já daí! Eu não consigo carregar você, Felipe Menezes!

Com grande esforço, puxo sua mão e trago seu braço para se apoiar em meu pescoço.

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