Capítulo sessenta e três.

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*Antes de começar o capítulo, queria dizer que eu fiz uma pesquisa para saber exatamente como se fala em um tribunal e essas coisas, mas ainda assim não sou uma expert, então se você entende dessas coisas e achou algum erro por esse capítulo ou pelo anterior, releve, poque como eu disse, não sou nenhuma expert. kkk Enfim, boa leitura, e comentem bastante que eu amo ler os comentários <3*

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- Joseph, pode me dizer como era a sua relação com o seu pai? –o advogado perguntou e eu respirei fundo-

Eu pensei em mil palavras para responder. Pensei em dizer que tínhamos uma ótima relação, pensei em dizer que ele era como meu melhor amigo. Porém, ao olhar para Joshua, eu sabia que tinha que dizer a verdade.

- Não tínhamos uma boa relação. –respondi e ele assentiu-

Me recusei a procurar o rosto de Maya naquele momento. Se eu olhasse para minha menina, com certeza demonstraria todo o medo que sentia.

- Pode explicar o porquê? –ele perguntou e eu passei a mão pelo cabelo-

- Simplesmente não nos dávamos bem. –eu dei de ombros-

- Você morou com a sua avó paterna, Margo, durante um tempo, certo? –ele perguntou e eu assenti- Porque? –ele perguntou-

- Depois que minha mãe morreu, meu pai não teve condições de conciliar o trabalho e a minha criação. –eu respondi-

- Mas você voltou a morar com ele depois de três anos, não voltou? –ele perguntou e eu assenti- Porque? –ele perguntou-

- Ele se casou e a mulher dele queria conviver mais comigo. –eu respondi e ele assentiu-

- Como era sua relação com sua madrasta? –ele perguntou e eu respirei fundo-

- Ela era uma boa pessoa, mas não convivíamos muito. –eu falei e ele inclinou a cabeça para o lado-

- Você viveu na mesma casa que ela durante dez anos, Joseph. –ele comentou e eu ergui minha sobrancelha-

- Isso não é uma pergunta. –eu falei e suspirei- Como eu disse antes, eu não tinha uma boa relação com o meu pai. Logo, eu não passava muito tempo em casa, e sim na rua. –eu falei e ele assentiu-

- Compreendo. –ele disse- E quando Maya nasceu? –ele perguntou e meu olhar foi automaticamente para Maya- Como você lidou? –ele perguntou mais claramente e eu o olhei-

- Eu não chegava perto dela. –eu respondi-

Lembro-me da primeira vez que vi Maya. Ela tinha uma semana de vida, e Clarice a colocou no berço e saiu do quarto. Eu entrei, a observei por longos minutos e quando tomei coragem para pega-la no colo, meu pai apareceu e mandou eu não chegar perto dela pois eu era "sujo". Depois disso, eu me tornei o que fui durante cinco anos. O pior irmão do mundo.

- Sabe me dizer o porquê? –ele perguntou e eu balancei a cabeça-

- Meu pai não deixava. –respondi e ele ergueu as sobrancelha-

- Você era proibido de chegar perto da sua irmã? –ele perguntou e eu respirei fundo-

- No começo sim. –respondi e ele me encarou, esperando mais detalhes- Volto a dizer que eu não ficava muito em casa. Depois que acabou essas proibições, eu mal via Maya, pois nunca estava em casa. –eu falei perdendo minha paciência-

- Então porque quis a guarda dela quando seus pais morreram? –ele perguntou-

- Porque ela é minha irmã. –eu dei de ombros-

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