Eu estava congelado, sentindo o corpo quentinho de Maya me apertar na medida do possível. Parecia um sonho, e eu estava com muito medo de acordar.
Depois de longos minutos onde eu não ousava me mexer muito com medo de acordar, Maya me soltou e segurou meu rosto com as mãos. Ela sorriu e eu vi que ela havia perdido o dente do meio. Seus cabelos estavam um pouco mais curtos, e ela parecia mais magra. Meu coração apertou assim que notei isso.
- Maya... –sussurrei de novo e passei minhas duas mãos em seu rostinho-
Seria crueldade acordar de um sonho assim. Eu quebraria de novo. Isso não poderia ser um sonho.
- Oi, Joe. –ela disse e eu fecho meus olhos com força-
Precisava de explicações, mas só o que consegui fazer foi abraça-la novamente, ouvindo sua risadinha. Minha menina estava ali!
- Céus, Maya. –eu murmurei e me levantei, com ela em meus braços e ela me apertou. Fechei a porta e sentei no sofá, com ela sentada na minha perna-
Eu passei a mão pelo seu rosto novamente, depois em seus braços, me certificando que ela ainda estava igual. Ela usava um vestido preto por baixo do casaco, de lã, e meia calça brancas, junto com botas da mesma cor do casaco.
- O que...? Quando...? Como chegou aqui? –eu perguntei e ela sorriu, passando a mãozinha pelo meu cabelo bagunçado-
- Vovô me trouxe. –ela deu de ombros- Quer dizer... Ele me trouxe para Nova York, mas eu vim aqui sozinha. –ela disse e eu arregalei os olhos- Calma, eu explico. –ela disse e eu assenti, esperando- Vó Margo viajou com algumas amigas chatas dela, e eu pedi para o vovô me trazer para ver você. Nós ficaremos dois dias, para chegarmos antes da Vó Margo. –ela disse e eu aspirei o cheiro doce do seu cabelo- Ficamos em um hotel, chegamos faz algumas horas, eu acho. O vovô resolveu tirar um cochilo, mas eu queria muito vim ver você, então eu peguei um pouquinho de dinheiro dele e peguei um táxi. –ela deu de ombros- Eu sei que não posso entrar no carro de estranhos, mas era uma motorista e ela parecia bem legal. –ela disse e eu sorri-
- Vamos ligar para o vovô, Maya. Ela vai se assustar quando acordar e não te ver. –eu disse e ela assentiu, mas sorriu e se lançou no meu pescoço, me abraçando de novo-
- Como você está diferente. –ela disse e eu ri, apertando-a contra mim-
- Porque? –perguntei passando a mão por seus cabelos-
- Sei lá, acho que é a barba. –ela respondeu e eu ri-
- Você também está diferente, pequena. –eu disse e ela sorriu, apontando para o espacinho que antes tinha um dente-
- Caiu faz uma semana, e eu coloquei embaixo do travesseiro, como você havia me falado. No outro dia tinha um dólar, Joe! –ela disse animada e eu sorri-
- Foi a fada do dente. –eu disse e ela sorriu mais ainda, animada- E o seu cabelo? –perguntei e ela revirou os olhos-
- Vó Margo disse que era difícil pentear, então ela cortou, mas já tá crescendo. –ela deu de ombros e eu senti meu estomago embrulhar-
- Como tem sido, Maya? –perguntei agora mais sério e ela pegou minha mão-
- Vovô cuida direitinho de mim, mas ele passa bastante tempo cuidando da fazendo. Às vezes ele me deixa ajudar, mas na maioria das vezes eu tenho que ficar com a Vó Margo. –ela disse e suspirou- E eu sinto sua falta, bastante, Joe. –ela disse e eu respirei fundo-
- Eu também sinto a sua. Muito, meu anjo. –eu disse e ela deitou sua cabeça no meu ombro-
- Agora eu tenho muitas regras. A Vó Margo diz que eu preciso ter disciplina. –ela falou e eu revirei os olhos- Mas eu não sei o que isso significa. –ela falou com uma caretinha e eu sorri-
- Maya... –eu sussurrei e ela me olhou- Quer ver o Jack? –perguntei e ela saltou do meu colo, pulando animada-
- Quero muito, Joe! E a Amy! E a Senhorita Lovato! E a Senhora Elizabeth! E o Tony! –ela gritou pulando e eu gargalhei como há muito não gargalhava-
- Vamos ver todos, pequena. Mas antes vamos ligar para o vovô e eu quero outro abraço. –eu disse e ela assentiu, parando de pular-
- O que você quer primeiro? –ela perguntou pensativa e eu sorri-
- Definitivamente o abraço. –eu disse e ela pulou nos meus braços novamente-
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Learn to love.[JEMI]
FanfictionJoe é um adulto amargurado com a vida, e com as perdas que teve. Desde muito cedo aprendeu a se virar sozinho, pela ausência do pai sempre ocupado e pela perda da mãe, muito cedo. Agora ele vive sozinho em Nova York, onde tem um ótimo apartamento, u...