Capítulo oito.

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Foi necessário esperar mais duas semanas até que eu pudesse levar Maya comigo para Nova York, mas quando tudo terminou, eu não soube dizer quem estava mais ansioso. Joshua nos levou ao aeroporto e abraçou Maya fortemente, deixando escapar algumas lágrimas sentimentais. Quando ele se virou para me abraçar, não pude deixar de debochar um pouco do seu lado sensível, mas o abracei mesmo assim. Sei que não gostava dele, mas Joshua se mostrou uma ótima pessoa nessas semanas que passei aqui. Ele era muito amigo do meu pai, e se importava com minha família, principalmente com Maya que era da mesma idade que sua filha.

- Se cuidem, crianças. –ele falou sorrindo para nós e eu ri de leve, assentindo- Joe, me ligue assim que a assistente social for na sua casa. –ele pediu e eu assenti novamente- E não se meta em confusões, ok? –ele falou e eu sorri-

- Vou tentar. –eu falei e ele suspirou-

- Ok, isso é suficiente. –ele falou e riu- Me ligue se precisar de algo. Dinheiro, uma ajuda, um conselho, qualquer coisa. –ele falou e eu balancei a cabeça-

- Joshua, eu me viro naquela cidade há anos, lembra?

- Não com uma criança. –ele murmurou e eu revirei os olhos-

- Vai dar tudo certo. –eu falei e ele assentiu-

- Seu pai estaria orgulhoso. –ele falou e eu fiz uma careta-

- Ok. –murmurei e ele riu de leve- Adeus, Joshua. –murmurei batendo de leve em seu ombro e ele sorriu-

- Adeus, garoto. –ele falou e se agachou para falar com Maya- Adeus, boneca. –ele falou e ela sorriu- Eu deixei o número do meu celular na sua agenda, Maya, qualquer coisa me ligue, ok? –ele pediu e Maya assentiu-

- Adeus, Tio Joshua. –ela falou e beijou seu rosto-

Joshua beijou sua testa e se levantou, batendo em meu ombro e logo se afastando, indo embora. Eu e Maya caminhamos até o balcão de embarque e fizemos o check-in.

Maya estava apreensiva quando terminamos o check-in no aeroporto e sentamos para esperar nosso voo. Ela usava um macacão jeans e uma camiseta branca por baixo. Eu havia feito um rabo de cavalo no cabelo dela, mas estava meio bagunçado, pois eu definitivamente não tenho jeito para isso.

- Tudo bem? –eu perguntei, mexendo no meu celular-

- Tudo. –ela deu de ombros e continuou balançando suas pernas e olhando em volta-

- Está nervosa? –eu perguntei e ela me olhou-

- Não. –ela deu de ombros novamente e eu ri de leve-

- Você mente mal, hein. –comentei e ela revirou os olhos- O avião é o meio de transporte mais seguro do mundo, sabia? –eu comentei e ela assentiu-

- Eu sei. –ela falou e eu suspirei-

- Você é quieta, né? –comentei e ela riu- Sério, eu to sempre tentando puxar assunto, mas você é de poucas palavras. –eu falo e ela balança a cabeça-

- Eu tenho uma pergunta. –ela murmurou e eu assenti, para que ela continuasse- Onde vamos morar? –ela perguntou com o cenho levemente franzido-

- No meu apartamento. –eu dei de ombros-

Para ser sincero, eu já sabia que Maya ia me perguntar essas coisas, mais cedo ou mais tarde. Até demorou bastante...

- E tem espaço para mim lá? –ela perguntou e eu ri-

- Óbvio, Maya. –eu falei e ela assentiu-

- Você vivia sozinho? –ela perguntou e eu suspirei-

- Sim. –falei e ela balançou a cabeça-

- Isso é triste. –ela comentou e eu sorri-

- Não é não. Eu gostava. –comentei e ela fez uma careta-

- Então eu vou incomodar você? –ela perguntou e eu passei minha mão pelos cabelo dela-

- Claro que não, pequena. Eu pedi para ficar com você, lembra? –perguntei e ela assentiu, sorrindo levemente-

- Acho que vai ser legal, Joe. –ela falou e eu peguei sua mão-

- Eu também, Maya. –Falei e desviei o olhar-

Não demorou para partimos, e logo estávamos em Nova York. Jack nos esperava no aeroporto, e me deu um forte abraço assim que parei em sua frente com uma Maya com cara de sono.

- Você fez falta, cara. –ele comentou e eu ri, batendo levemente em seu ombro- E essa é a pequena Maya? –ele perguntou se agachando na frente de Maya que sorriu timidamente para ele, erguendo seu olhar até o meu, como se perguntasse se era seguro. Eu ri e assenti, vendo minha irmã sorrir mais alegre agora- Oi, eu sou o Jack. –ele falou sorrindo abertamente-

- Oi, Jack. –ela falou e ele bateu o dedo levemente em seu nariz-

- Você é linda. Parece uma princesa. –ele falou e ela riu, balançando a cabeça-

Jack se levantou novamente e me ajudou com a mala de Maya. Com uma mão livre, segurei a mão de Maya, que olhava tudo em volta, encantada.

- Não solta a minha mão, ok? –eu pedi e ela assentiu-

Jack foi para o outro lado dela e pegou sua outra mão. Nova York era uma linda cidade, mas era perigosa, e todo cuidado era pouco com Maya.

- Enfim em casa, irmão. –Jack murmurou assim que saímos do aeroporto e eu sorri, olhando para a cidade-

- Enfim em casa. –repeti com a voz mais baixa e logo estávamos em um táxi-

Learn to love.[JEMI]Onde histórias criam vida. Descubra agora