Joe é um adulto amargurado com a vida, e com as perdas que teve. Desde muito cedo aprendeu a se virar sozinho, pela ausência do pai sempre ocupado e pela perda da mãe, muito cedo. Agora ele vive sozinho em Nova York, onde tem um ótimo apartamento, u...
- Você é um animal. –Amy falou revirando os olhos e eu ri sarcástico-
- Já ouvi isso antes, mas foi como um elogio. –comentei e ela fez uma careta-
- Poupe-me. –ela falou e eu ri mais ainda- Se importa de me emprestar o isqueiro, ou você quer que eu pegue duas pedras e faça fogo? –ela perguntou e eu lhe alcancei meu isqueiro-
- Você anda mal-humorada, Amy. O que foi? Não estão te chupando ultimamente? –perguntei e ela tocou o isqueiro em mim, depois de acender seu cigarro-
- Estão, Joe. Estão me chupando sim, não precisa se preocupar. –ela falou debochada, tragando seu cigarro- O que você precisa se preocupar, é com a sua falta de inteligência. –ela falou e eu suspirei, encostado em meu carro-
Estávamos no estacionamento, indo para casa, quando eu comentei que chamei Demetria para sair, e então Amy surtou, dizendo que eu sou um animal.
- É burrice. –Amy comentou e eu bufei, encostado no capo do meu carro- E tem muitas chances de dar errado.
- Ela já disse não, Amy, pare de me encher. –eu falei revirando os olhos-
- Oh, claro, e você quer que eu acredite que você desistiu? –ela perguntou debochada- Sei que você vai chegar no colégio e pedir para sair com ela de novo. Você não me engana. Não vale nada. –ela falou e eu ri-
- Tchau, Amy. –falei e me virei, abrindo a porta do meu carro-
- Tchau, seu babaca. –ela falou e caminhou até seu carro-
Ri mais um pouco e logo dei partida no carro, acenando para ela e recebendo um dedo do meio em troca. Amy era absurda!
Dirigi até o colégio, e logo caminhei até a sala de aula de Maya. Alguns pais já pegavam seus filhos e iam embora. Assim que cheguei perto da porta, vi Maya e o tal Tony correrem para fora da sala, ajeitando suas mochilas nas costas.
- Oi, Joe, precisamos ir na biblioteca. –ela falou e passou por mim-
- Ok... –murmurei confuso- Como está o joelho? –eu perguntei vendo-a correr já longe, com Tony ao lado-
- Ótimo! –ela gritou ainda correndo e eu ri-
Era raro ver Maya animada, por isso não me incomodei quando vi Tony pegar na mão da minha irmã. MENTIRA! Me incomodei sim, pois ela tinha sete anos e o garoto parecia um meliante. Ok, posso estar exagerando, e ele pode não parecer um meliante, mas ela ainda tem sete anos, e não pode segurar a mão de um menino.
- Maya já saiu. –ouvi Demetria murmurar e pulei, assustado-
- Eu... Eu sei. –falei e ela assentiu, ajeitando sua bolsa no ombro e fechando a sala de aula- Demi? –chamei assim que ela se virou e começou a caminhar pelo corredor-
- O que? –ela perguntou ainda caminhando e eu a segui, caminhando ao seu lado-
- Saia comigo essa noite? –perguntei e ela balançou a cabeça-
- Já disse que não posso. –ela falou sem me olhar e eu peguei seu pulso, puxando-a para mim-
- Porque não? –eu perguntei e ela mordeu o lábio inferior-
- Eu sou professora da sua irmã. Não posso ter encontros com os responsáveis dos meus alunos. –ela falou e tentou voltar a caminhar, mas eu continuei a segurando-
- Então que não seja um encontro. –eu sugeri e ela franziu o cenho- Pode ser só duas pessoas jantando juntas numa sexta-feira a noite. –eu falei e ela riu-
- Isso parece um encontro. –ela comentou e eu sorri- Mas eu não posso. –ela falou-
- Ok, então... Que tal amanhã? De tarde, em um café. –sugeri e ela sorriu, ponderando- Eu realmente quero conhecer você. –murmurei e me aproximei, mas ela se afastou-
- Não será um encontro? –ela perguntou e eu acariciei sua mão-
- Só se você quiser que seja um. –dei de ombros e ela fechou os olhos, parecendo pensar-
- Não será um encontro. –ela afirmou e eu assenti, chateado-
- Ok, então... Eu busco você amanhã às 15h? –sugeri e ela assentiu-
Demi me passou seu endereço e depois se afastou, mas eu a puxei novamente e beijei seu rosto, fazendo-a corar. Quando nos afastamos, caminhei até a biblioteca, vendo Maya e Tony saindo da mesma. Eles me olharam, e Maya sorriu.
- Tudo pronto? –perguntei e Maya assentiu e olhou Tony- Como vai embora, garoto? –perguntei e ele me olhou, com o olhar nervoso-
- De... De ônibus, senhor. –ele falou e eu ri-
- Primeiro, não me chame de senhor. –falei e ele assentiu- Segundo, o ônibus já passou. –eu falei e ele arregalou os olhos- Eu posso levar você, certo, Maya? –falei e Maya sorriu abertamente-
- Certo. –ela falou e Tony sorriu assentindo-
Logo nós fomos para o carro e eu coloquei os dois no banco de trás. Assim que estava saindo do estacionamento do colégio, avistei Demi entrar no carro de alguém, no banco do carona. Consegui passar pelo carro e vi que era Ethan no banco do motorista. Ele beijou o rosto de Demi e ela sorriu para ele. Eu franzi meu cenho, sentindo um incomodo vendo aquela cena, mas logo lembrei que ele era apenas seu amigo. E eu tinha um encontro com ela amanhã. Bom, não era um encontro, ainda.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.