Minha querida dominadora (G!P)

Pesadelo

Uma cama é tudo que tem no quarto, e eu estou amarrada nela, sem conseguir me mexer, tento de todas as formas puxar meus punhos mas nada. Escuto um barulho de porta se abrindo e olho na direção do barulho, Lauren surge com um sorriso enorme.

- Meu Deus Lauren, o que está acontecendo? Me tira daqui. - Falo com um grande tom de desespero.

- Camila você aceitou, agora você é minha, só minha para eu fazer o que quiser.

- Lauren me solta.

Lauren se aproxima com um sorriso sádico e assim que ela chega na cama pega minha cintura me virando me fazendo deitar de barriga para baixo, e disfere um tapa forte na minha bunda.

- Aí! Lauren, para. - E outro tapa forte - Por favor Lauren, para. - Sinto meus olhos marejados e outro tapa forte. - AI. - E outro e outro ela me bate sem parar. E já não aguento mais e começo a chorar e implorar. - Por favor, por favor... Para... Para Lauren.

- Camila? - Escuto uma voz me chamando, mas não vejo ninguém. - Camila acorda!

Abro os olhos com uma Dinah me sacudindo e preocupada. Tento recuperar a respiração, e sento na cama com Dinah ainda me olhando.

- Dinah?

- Meu Deus Camila você quase me mata do coração.

- O que aconteceu? - Pergunto confusa.

- Você estava gritando, e eu corri para o seu quarto e você estava dormindo e gritando, era só um pesadelo.

Só um pesadelo? Era um pesadelo, Lauren não faria isso comigo. Certo?

- Você está bem? - Dinah pergunta parecendo realmente preocupada.

- Foi só um sonho ruim, eu estou bem. - Falo ainda um pouco ofegante.

- Quer que eu durma com você? - Dinah pergunta bocejando.

- Não precisa Dj eu vou tomar​ um banho para relaxar e já irei voltar a dormir.

- Qualquer coisa me chama Mila. - Dinah me dá um beijo na testa e sai me deixando sozinha.

Por mais que Dinah seja bruta na maioria das vezes ela é um delicada quando precisamos.

Flashes do pesadelo voltam. Lauren estava tão diferente, ela me dava medo... Se eu aceita eu não terei mais escolha? Opinião? Serei uma escrava?
Estico minha mão e pego meu celular discando o número da Lauren.

– Camila o que houve?!– Lauren atende no terceiro toque com uma voz mais rouca de sono e extremamente preocupada.

– Você não parou! Eu pedi para parar, mas você continuou a me bater, e não era bom...

– Camila onde você está?! O que você está falando? – Olho para o lado suspirando e olho no relógio 2:57 dá madrugada, meu Deus o que estou fazendo.

— Lauren me desculpe... Foi uma loucura minha, meu Deus eu sinto muito.

— Onde você está Camila? — Sua voz soa desesperada.

— Em casa... Eu só... Me desculpe.

— Eu estou in... — Desligo antes que ela continue.

Eu não acredito que eu liguei para Lauren de madrugada por conta de um pesadelo.

— Que merda! — Pego o travesseiro e escondo meu rosto.

Depois de uns 5 minutos me lamentando por ter cometido o erro de ligar para ela, resolvo ir tomar banho para tentar relaxar, mas antes que eu chegue até o banheiro meu celular toca e eu o olho "Lauren" o pego e suspiro.

— Sinto muito Lauren... — Rejeito a ligação, mas logo meu celular volta a toca. Ela não irá parar até eu atender. Droga! – Alô?

— Abre a porta.

— O que? — Pergunto confusa.

— Abre a porta Camila!

Isso não me pareceu um pedido, e pelo seu tom eu realmente devo abrir.

Ela não estaria aqui, estaria? O porteiro não a deixaria entrar. Penso enquanto caminho lentamente até a porta e abro. Encontrando uma Lauren com, calça de moletom cinza e uma blusa branca sem estampa e chinelos, chinelos! Meu Deus ela deve ter saído correndo de casa.

— O que aconteceu?! — Lauren me puxa assim que me vê, e começa a analisar meu corpo parecendo procurar algum vestígio de acidente. — Você está bem?!

— Lauren... Lauren Calma! — Falo me afastando a fazendo me olhar intrigada.

— O que aconteceu Camila? Você me deixou preocupada! — Olho sua expressão quase desesperada e coro por tê-la preocupado por conta de um sonho. — Meu Deus Camila me diga o que houve!

— Eu tive um pesadelo... — Sussurro.

— O que?

— Eu tive um pesadelo, ta legal?! — Falo alto.

Então um sorriso surge em seus lábios e alivia sua expressão.

— Um pesadelo? — Ela pergunta com uma sobrancelha levantada e com um sorriso divertido, concordo com a cabeça. — Você me assustou. — Ela diz já parando de sorri.

— Eu sei, sinto muito. — Falo abaixando a cabeça de vergonha.

— Hey! — Ela coloca as pontas dos dedos em meu queixo e ergue minha cabeça a fazendo fita-la. — Eu sempre virei quando achar que vc precisa de mim, pode ser um pesadelo ou só por você querer minha presença, eu sempre estarei com você Camila.

E me perco em seus olhos, e vejo outra Lauren, não a mulher fria e perversa do meu pesadelo só a Lauren.

— Quer me conta sobre seu pesadelo? — Ela pergunta acariciando meus cabelos.

— Quer me dizer como meu porteira a deixou subir? — Pergunto sorrindo.

— Eu posso ser persuasiva as vezes.

— Ah eu sei... — Falo rindo.

— Então? O sonho. — Lauren me olha de forma carinhosa.

— Que tal entrarmos e eu te contar?

(...)

— E foi isso... — Término de contar.

Assim que entramos em meu quarto Lauren me puxou para minha cama e me envolveu em seus braços e eu contei cada detalhe do sonho, e ela escutou cada palavra sem me interromper.

— Eu entendo que esteja com medo Camila, mas eu nunca faria algo que não queira, eu nunca te forçaria. — Ela me faz fita-la. — Eu te obriguei a alguma coisa quando esteve em minha casa? — Nego. — eu disse que se falasse para "parar" eu pararia na hora Camila, e será sempre assim.

— Foi só um pesadelo bobo!

— Foi algo que sua cabeça está criando por não conhecer esse mundo ainda. — Ela diz calma.

— Ainda... — Repito o que ela diz.

— Quero te levar a um lugar amanhã. — Ela parece pensar. — No caso hoje, quero que conhece um pouco mais sobre esse mundo, mas não através de mim.

— Como assim?

— Irei te levar para um casal que pratica isso, e vocês poderão conversar.

— Mas...

— Iremos. — Não é um pedido, não mesmo. — Agora você precisa dormir.

— Mandona. — Sussurro.

— Você está resmungando Camila? — Sua voz me faz estremecer.

— Não...

— Ótimo, agora durma! Boa noite.

Lauren estica o braço e desliga o abajur, me aconchego um pouco mais em seus braços e logo meu olhar começa a pesar.