9• Mudanças de plano.

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"Oh, aquele garoto é um cafajesteo melhor que você já teve

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"Oh, aquele garoto é um cafajeste
o melhor que você já teve."
— Fluorescent adolescent.

Quando qualquer pessoa avista um perigo, sua primeira ação é recuar e se afastar para o mais longe que conseguir, o medo te faz tomar as decisões erradas, mas não posso culpa-lo pelas escolhas que já precisei fazer, talvez existisse algo de errado comigo ou havia mais epinefrina do que deveria em minha corrente sanguínea, não sei dizer, a única coisa que realmente tenho certeza é que em vez de fugir do que poderia me arruinar, eu faço exatamente o contrário, corro em direção a ele e tento assustá-lo, mas o filho da puta sempre consegue virar o jogo, e no fim, eu acabo adorando o que mais deveria odiar.

Tenho uma tendência a gostar do que é errado, com 16 eu fumei o meu primeiro baseado, 17 eu transei com duas garotas de programa, aos 18 entrei nas rachas e 19 comecei a participar de lutas ilegais. Com 20 eu passei a encarar minhas responsabilidades, mas continuava atraído pelo o que era proibido, a adrenalina nunca deixou de me excitar, deve ser por esse motivo que estou obcecado por uma ruiva desbocada muito gostosa. Todo esforço que venho tendo para mantê-la longe não funciona, a garota está em todos os lugares, e isso não é o que mais me incomoda, porque dividimos o mesmo teto, encontros inesperados iriam acontecer, mas como se eles não bastassem, Hadley também precisa ocupar meus pensamentos.

Cada fragmento dele, principalmente os mais impuros e pervertidos, e por isso não consigo ignora-la, se na minha imaginação já é bom para caralho, o quão maravilhoso seria a realidade?

Hadley não sabia da minha existência, mas eu já a conhecia, e principalmente, conhecia a sua mãe, Beverly Clark, a mulher traída que foi abandonada pelo marido. Quando ela apareceu pela primeira vez em frente à casa de Warren, eu gostei. Meu pai havia acabado de morrer e minha mãe já estava grávida de outro, morando em uma casa que não era nossa, fazendo planos que não incluam apenas a mim, mas também o seu novo namorado.

Eu prometi ao meu pai que cuidaria de Maise, mas em algum momento, quando o peso que era ter a minha vida ficou insuportável de carregar, eu finalmente o deixei desabar, só não sabia que seria bem nos meus ombros, me fazendo ir direto ao chão. É horrível ver o seu mundo desmoronar e assistir os escombros indo para todas direções, não há muita coisa para fazer quando uma situação como essa acontece, é rápido demais, não te dando tempo o bastante para salvar quem venha soterrar junto com você.

No mar de sentimentos tempestuosos que eu carregava dentro do peito, acabei me afogando por não aprender a nadar. Não adianta lutar contra a maré quando a agua já invadiu os seus pulmões e roubou todo o oxigênio, então o que lhe resta é aceitar e esperar que em algum momento você consiga voltar a respirar.
Eu só consegui quando me tornei indiferente, cada vez mais frio, cada dia mais distante e irreconhecível, poderiam imergir a minha cabeça na porra de um oceano atlântico que eu não iria protestar.
Tranquei meus sentimentos em um lugar amargurado chamado coração e joguei as chaves fora, esperando nunca precisar ter que usa-las novamente, porque eu estava bem assim, não me importando. Pode parecer pensamento de um covarde, e no fundo talvez eu seja um, mas veja bem, a vida não pode arrancar algo de você se você não tiver mais nada.

Você será minha.Onde histórias criam vida. Descubra agora