Epílogo

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1 ano e dois meses depois

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1 ano e dois meses depois

Mas você está aqui no meu coração
Então, quem pode me parar se eu decidir
Que você é meu destino?
E se nós reescrevermos as estrelas?
Diga que você foi feita pra ser minha
Nada poderia nos manter separados
Você será aquela que eu deveria encontrar
Você que decide, e eu que decido
Ninguém pode dizer o que nós podemos ser
Então, por que não reescrevemos as estrelas?
E talvez o mundo possa ser nosso hoje à noite

Rewrite The Stars James Arthut feat Anne-Marie

Por que não quer contar os detalhes mais sórdidos para nós? — Brooke perguntou, os braços cruzados na altura do peito como se estivesse emburrada. Ao seu lado, com uma colher de brigadeiro na boca, Madison tentava manter a mesma postura, mas ela estava feliz demais para conseguir esconder a felicidade em seu rosto. Mesmo com os lábios repuxados para cima em uma careta descontente, seus olhos brilhavam há quase 40 minutos, que foi desde o momento em que voltei para Clearville.

Estava com tanta saudade que sentia meu coração apertado, porém eu sabia que as dores no corpo não eram devido a esse sentimento, e sim o resultado de ter ficado horas numa mesma posição em uma poltrona no avião, queria comer até explodir, tirar uma soneca que se assemelhasse a hibernação, mas assim que pisei os pés no aeroporto, vi os malditos cartazes e 4 garotas a minha espera, com braços abertos, sorrisos contagiantes e gritos histéricos que me faziam encolher de vergonha.

Mas ignorei tudo,Os olhares julgadores, o cansaço, os músculos tensos, minhas próprias malas e não pensei duas vezes antes de deixá-las cair no chão e correr em direção a minha família.

Foi uma disputa para saber quem me agarraria primeiro e no final resolvemos nos abraçar.
Eu, Lilian, Violet, Brooke e Madison.

Mais longe, afastada do resto das garotas, estava a minha mãe, que me encarava com amor no olhar e um sorriso que fez meu coração disparar. Seus cabelos estavam compridos na altura dos ombros e desde a última vez que a vi, tinha ganhado quilos o suficiente para parecer forte e saudável. E eu soube que ali estava a minha mãe, não a mulher viciada que um dia me deixou, mas aquela quem fazia tudo por mim. Que era boa, altruísta e compreensível.

E foi quando Beverly se aproximou, me abraçando também, que eu soube que estava em casa. Esse era o meu lar.

Talvez porque não tenha nada para contar. — eu murmurei, me remexendo desconfortável na espreguiçadeira de plástico.

— Está com vergonha da sua mãe? — Madison perguntou, quase me fazendo engasgar com o coquetel sem álcool de morango. — É só sexo e garotos.

Você será minha.Onde histórias criam vida. Descubra agora