Hadley Clark esperava uma bicicleta sem rodinhas no seu aniversário de 12 anos, mas o único presente que ganhou foi ser abandonada pelo pai, sem uma explicação ou adeus.
A garota jurou ter sentido o seu mundo ruir, mas nada se comparava ao que ir...
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Ele beijou meus lábios e eu senti o gosto da sua boca porque quando estou com ele estou pensando em você e o que você faria se fosse você aquele que estivesse passando a noite comigo? — Thinking of you.
— Acredite, das inúmeras possibilidades que imaginei como essa noite poderia terminar, essa foi a única que não passou pela minha cabeça. — eu murmuro roucamente, diminuindo o tom de voz quando começo a sentir minha garganta seca e arranhada. Estou vomitando loucamente há quatro minutos e mesmo completamente bêbada, me sinto mais responsável agora, tendo consciência de que beber demasiadamente sem ter algum controle fora um erro. Queria que essa sensatez tivesse me acertado há algumas horas, quando eu estava sóbria o suficiente para recusar tudo que continha álcool.
Mas aí eu me lembro que naquele momento eu também estava entorpecida, mas era por Blake Graham, o que tornava a situação pior ainda, já que o álcool nunca poderia me fazer cometer as loucuras que só aquele garoto me deixava tentada a realizar.
É fácil dizer não a um shot de tequila, mas negar alguma coisa a Blake é completamente diferente, os olhos penetrantes e o sorriso cafajeste te faz pensar que você perdeu alguma coisa, e de fato, eu acredito que perdi, a minha sanidade. Porque eu devo estar muito louca agora.
Balanço a cabeça para me libertar desses pensamentos, mas foi uma péssima ideia, o simples movimento me fez ficar tonta e ânsia me invade por completa, minhas estranhas se contraem e eu expulso mais vodka , tequila e cerveja para fora do meu organismo, sentindo que dessa vez, meu estômago também foi junto.
Olho para a mistura nojenta dentro da privada e procuro por algum órgão, mas quando não acho, começo a rir como uma bêbada ridícula faria, Chase não entende nada, mas continua segurando o meu cabelo, preparado para a próxima seção de porcaria, que felizmente não veio.
Me levanto do chão cambaleando e ele me ajuda, segurando na minha cintura, antes de sairmos do banheiro e irmos em direção a sala que está terrivelmente bagunçada, encaro meu reflexo no espelho, estou péssima. A sombra preta junto com o rímel escorre dos meus olhos até chegar na minha bochecha, meu batom está borrado, e não sei se foi por causa do vômito ou dos amassos calorosos com o Chase na mesa da cozinha.
— Ei, você ainda me acha sexy e atraente? — eu pergunto, levando o meu dedo indicador até a boca, o mordendo levemente para parecer sensual.
— Eu até diria que sim, mas como você está bêbada e não vai se lembrar de nada amanhã, prefiro não mentir. — responde, dando um sorriso zombeteiro.
— Ei, seu cretino, eu não vou esquecer disso. — murmuro, ainda rindo. Sento no sofá e observo o ambiente ao meu redor, está vazio, todas as pessoas já foram embora e eu ter ficado aqui não significava que era para limpar a bagunça que restou, mas sim piora-la ainda mais.
