Agora, a vingança é uma vadia má
E querido, eu sou a pior de todas
Você mexeu com uma selvagem
Seria legal da minha parte pegar leve com você
Mas não, amor, desculpe, não sinto muito
Ser tão má me faz sentir tão bem
Te humilhando como eu sabia que iria
Estou me sentindo inspirada porque o jogo virou
É, estou em chamas e sei que isso queima.— Sorry Not Sorry
— Ele não está morto. — sinto a voz de Blake baixa e calma em meu ouvido, tentando me tranquilizar. Dou um sorriso mesmo que ele não possa ver o meu rosto, não estou nervosa. — Fodido para cacete, mas vai ficar bem se você decidir parar agora. — seus braços seguram o meu tronco, me trazendo para trás. Não cedo, porque preciso terminar. Suas mãos fortes me apertam com mais força, tento me desvencilhar, mas não consigo. — Chega, Hadley.
Eu paro de tentar e ele me afasta do corpo do homem desfalecido no chão aos meus pés.
Suas mãos tocam a base da minha coluna, descendo e subindo sobre ela. Sua respiração é acelerada em meu pescoço, suas mãos tremem ao redor da minha cintura e pelo jeito que ele me aperta, tenho certeza de que está tentando assimilar como tudo pode mudar em segundos, se o que aconteceu foi real ou se estamos vivendo um pesadelo.
Deus queira que não seja um pesadelo.
— Como você descobriu? — perguntei, calma e controlada.
— Foi uma frase que ele disse sobre o inferno. Você já disse isso para mim tantas vezes que decorei, então lembrei do dia que se conheceram e como você parecia prestes a desmaiar. Não foi difícil juntar as peças.
— Foi inteligente. — admito. — Muitas pessoas não olham para as outras com tanta atenção. Obrigada.
— Você não pode me agradecer por quase matar um cara.
— Mas eu posso me sentir aliviada por isso. — suspiro, tomando coragem e ficando de frente para ele. Encaro seus olhos, buscando alguma reação, sentimento, mas não consigo identificar nenhum. Não há nada. Apenas um vazio profundo que parece sugar sua alma. Não gostei disso. — A não ser que isso tenha te ferrado de alguma forma. Eu te fiz perder o controle, você imaginou o cara que...
— Não. — me cortou, de forma brusca. — Quando bati em Kennedy Lawrence essa noite, tudo que eu vi foi o rosto dele. O rosto do cara que estuprou uma garota de 16 anos.
Assinto sem dizer nada. Meu corpo estremece e eu me viro, dando um passo em direção ao corpo. Me agacho e cruzo os braços, olhando para um rosto desfalecido e que agora começa inchar. Cuspo nele no exato momento que um arquejo exasperado soa atrás de mim.
Viro parcialmente e vejo Maise cobrir a boca com as mãos, como se estivesse prestes a vomitar.
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Você será minha.
RomanceHadley Clark esperava uma bicicleta sem rodinhas no seu aniversário de 12 anos, mas o único presente que ganhou foi ser abandonada pelo pai, sem uma explicação ou adeus. A garota jurou ter sentido o seu mundo ruir, mas nada se comparava ao que ir...