Hadley Clark esperava uma bicicleta sem rodinhas no seu aniversário de 12 anos, mas o único presente que ganhou foi ser abandonada pelo pai, sem uma explicação ou adeus.
A garota jurou ter sentido o seu mundo ruir, mas nada se comparava ao que ir...
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Estamos conversando Sobre todas as coisas que eu demorei para acreditar Sobre o amor, a verdade E o que você significa para mim E a verdade é, querida, você é tudo que eu preciso.
— Bed of roses.
— Hadley. — uma voz distante me chamou e eu só percebi que não era um sonho quando escutei batidas frenéticas na porta do meu quarto. — Eu vou entrar.
Levanto eufórica e esfrego os olhos com as laterais dos dedos indicadores, tombo a cabeça para o lado, sentindo como se estivessem sapateando em cima dela e qualquer parte do meu corpo que estava sonolento, desperta completamente quando avisto o corpo esguio de Blake jogado ao meu lado. A coberta está sobre o seu tronco, ocultando os traços musculosos do seu abdômen.
Um sorriso dança em meus lábios, a sua expressão serena me faz inclinar o rosto para enxerga-lo mais de perto, cogito passar as pontas dos dedos em suas bochechas, mas quando a voz de meu pai soa outra vez, furiosa, eu me lembro da roubada que acabei de nos meter.
— Blake. — sussurrei, o sacudindo, mas ele nem se mexeu. — Acorda agora, o Warren está lá fora ameaçando entrar no quarto, se ele te ver aqui vai supor inúmeras coisas que não aconteceram, e você vai acabar tendo seu pinto decepado enquanto eu assisto sem poder fazer nada para impedir, então você vai chorar de raiva e tristeza porque nunca mais vai poder enfiar esse negócio em ninguém.
— Meu pinto decepado? — murmurou, ainda com os olhos fechados.
— Sim! — soltei um gritinho esganiçado. — O Warren tá lá fora, com sangue nos olhos e depois é o meu quarto que estará coberto com o seu sangue.
Ele se levantou em um pulo e correu para o banheiro, segundos depois, a porta do meu quarto foi escancarada e eu fiz a melhor cara de paisagem que conseguia.
— Bom dia, estava falando sozinha? — perguntou, caminhando em minha direção e inspecionando o quarto com seus olhos curiosos.
— Não. — forcei um sorriso. — Foi com as vozes da minha cabeça.
— Precisamos conversar.
— Estou ouvindo.
— Não quero que me conte o que aconteceu, também não vou perguntar porque não tenho o direito de saber, mas isso não é desculpa para uma garota de 17 anos ir para um bar com uma identidade falsa e encher a cara. Você era uma criança em meio a homens que poderiam te fazer mal de verdade, Hadley!
— Não se preocupe, eu sei muito bem o quanto os homens podem fazer algum mal, veja só, tem um mau caráter bem aqui na minha frente.
— Eu fui um covarde desprezível, tenho consciência disso todos os dias, mas você não pode deixar com que o meu erro molde você, não é justo consigo mesma. Não é justo você definhar pela Beverly quando foi ela que falhou com você e também não é justo você querer sofrer e pagar por um erro que eu cometi.
