Hadley Clark esperava uma bicicleta sem rodinhas no seu aniversário de 12 anos, mas o único presente que ganhou foi ser abandonada pelo pai, sem uma explicação ou adeus.
A garota jurou ter sentido o seu mundo ruir, mas nada se comparava ao que ir...
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Ultimamente, eu tenho perdido o sono sonhando com as coisas que poderíamos ser Mas, querida, eu tenho rezado muito Eu disse: Chega de contar dólares Nós vamos contar estrelas.
— Counting Stars
— Você sabe que está fazendo isso do jeito errado, não é? — Hadley perguntou, encarando o céu sobre nós. Corro meus dedos pelos seu braço e sinto seus pelos se arrepiarem por causa do meu toque, ela fecha os olhos e eu sorrio.
— Encontrei uma distração mais interessante. — murmurei, a fazendo se remexer na espreguiçadeira. — E mais bonita também.
Ela ri, desacreditada e revira os olhos, levando o cigarro até os lábios.
— As estrelas, Blake. — sussurrou. — É para isso que estamos aqui, para olhar para elas.
— Não. — dei de ombros, dando um gole em minha cerveja. — Estou aqui por você.
— Claro, o garoto que usa sacos de pancadas para dissipar a raiva nunca saberia relaxar fazendo alguma coisa que não seja usar a violência. — ela provoca, me encarando com a sobrancelha arqueada, mas sei que está se controlando para não sorrir.
— Então me diga, garota-super-controlada-que não-se-recorda-de-ter-furtado-o-meu cartão-e-ter me-xingado-dos-piores- nomes-possíveis, como olhar para o céu poderia tornar as coisas mais calmas?
— Primeiro, por causa da vista fantástica. — suspirou, dando um sorriso bobo. — E segundo, preste atenção na lua. — desviei o olhar do seu rosto e encarei o astro. — Já percebeu que quando olhamos para ela não conseguimos enxerga-la completamente? A lua mostra aquilo que deseja, as pessoas também são assim, escondemos parte de nós que não queremos que os outros vejam. — sorri, melancólica. Eu sou assim. — sussurrou, como se fosse um segredo. — Me guardo porque tenho medo de me machucar... É bobagem, eu sei, mas só dessa forma eu consigo me convencer de que não tem algo errado comigo.
— Não tem nada de errado com você, eu te acho perfeita.
— Você está vendo pela superfície, Blake. — ela ri forçado e leva o cigarro até os lábios, analisando a fumaça se desfazer no ar. — Mas não posso te julgar, as pessoas não costumam entender aquilo que não dizemos.
— Sei que você tem problemas, Hadley. — falei, sentindo um gosto amargo tomar conta da minha língua. — E sei que alguém como eu, que sempre teve o mundo aos seus pés, nunca vai entender o que você passou, mas eu te garanto que suas cicatrizes não te torna menos... — engulo em seco, porque ainda não encontrei uma palavra que pudesse descrever essa garota. — Incrível.
— Você só pode ser louco.
— Talvez. — dei de ombros, sorrindo torto. — Se pudesse enxergar com os meus olhos por um momento nunca mais se acharia menos que maravilhosa.