sixteen

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Floresça. É hora de seguir em frente e você sabe disso. E sabe que vocês dois não são pra ser. Deixe ele ir, e floresça.

            Ele não é o amor da sua vida. Não chegou nem perto. Assim como outros como ele, se não iguais, passaram por você, ele também passou. E prendê-lo a ti com unhas e dentes só te machuca e atrasa o que a vida tem para chegar.

            Spoiler: vai dar tudo certo no final. Mais certo do que você imagina.

            Bem vinda (o) a minha história. Vou te mostrar uma coisa. Vou te contar uma história.


Sou fã de bandas que acabaram. Meus heróis não saem vivos dos filmes. Meu coração é profundo demais para nadar no raso. Fantasio amores eternos que nunca vão passar de instantes.

            O alívio que ele me trazia era como descansar após andar cinco dias ininterruptamente. Mas eu gostava disso. Eu gostava dele.

            — Você continuará procurando se preencher em beijos vazios?

            Eu sorria. É claro.

            Eu gostava dele, e ele gostava do som de corações sendo partidos.

            Ele me partiu e seguiu inteiro. 

            Talvez o meu erro tenha sido querer fazer dele o que eu fiz, porque a realidade dói. Ele partia corações sem que lhe doesse coisa alguma. E eu senti muito, muito mesmo, por ele não sentir nada.

            * E naquele dia, eu jurei pra mim mesma que nunca mais deixaria uma lágrima cair por ele.

            Aprendi a não aceitar meio amor de ninguém. Eu sou inteira, eu me entrego, e não aceito menos do que eu mereço. Metades não servem mais para mim.

            Eu finalmente acordei e percebi que amor na teoria é bonito, mas é a prática que define: quem é que vai, e quem é que fica.

            Eu poderia escrever mil linhas sobre o que nós somos ou costumávamos ser. Mas eu estou tentando agir como uma pessoa equilibrada, deixando o silêncio falar por mim.

            A propósito, ele é o Rafa.

Rafa: "Ei, você tá bem? Que capítulo é aquele?"

          Rafa: "AAAAA"

          Rafa: "Tô preocupado, cara"

          Ay: "Oi. Não. Eu preciso de um abraço."

         Rafa: "Eu sinto muito, Ayra. Quer conversar?"

         Ay: "Pode ser."

       Rafa: "..."

       Ay: "primeiramente, desculpa pela nossa briga."

      Rafa: "Tá tudo bem. Esquece isso."

      Ay: "Não, não tá. Eu agi como uma idiota, descontei tudo em você..."

      Rafa: "Tá tudo bem, SIM. Chega, né?"

      Ay: "Okay..."

      Ay: "Senti sua falta."

      Rafa: "Eu também."

       Rafa: "Quarta teu cabelo estava cheiroso. Eu tive vontade de pegar nele, passar a mão. Tipo muita vontade."

        Ay: "KKKKK nossa!!"

Menina, maré.Onde histórias criam vida. Descubra agora