Sonha comigo💋

Capítulo_24

Daniel

Já passou das dezenove horas e só agora que vai dar para ir ver Aghata.

Desço para o andar que fica seu quarto, já não tem muito movimento esse horário, pois as visitas não são permitas após as dezessete.

Chego na porta de seu quarto, dou uma leve batida e entro, ela está de pé, de costas para porta.

- Aghata?

- Oi... aí...- ela esta de pé, se assusta, perde o equilíbrio, e só não vai ao chão, pois sou mais rápido que ela.

- Hei, quando ia me dizer que já está ficando de pé?- pergunto não acreditando, e segurando ela em meus braços.

- Droga, eu queria te fazer uma surpresa.- diz toda triste e ainda está em meus braços, e não tenho vontade de lhe soltar.

- Aghata, não sabe o quanto fico feliz, que está se recuperando, mas veja o perigo que você  correu em tentar sozinha, poderia ter se machucado.

- Eu sei, mas não aguento mais ficar nesse quarto.- ainda triste, vejo uma lágrima querendo saltar de seus olhos.

- Hei, tenha calma, você em tão pouco tempo conseguiu se recuperar tão rápido, que se continuar assim, logo poderá ir para casa.

- Eu sei, mas...

- Mas?

- Pode ser loucura, mas ao mesmo tempo que não aguento ficar nessa cama, sei que vou sentir falta daqui, das pessoas, de ... você.- fala baixando a cabeça, e com minha mão, ergo seu queixo.

- Também vou sentir falta de te ver todos os dias.

- Daniel, se quiser e puder, você poderia me visitar.

- Pode apostar.- o silêncio chega se quase palpável, nossos lábios parecem atraídos um pelo o outro, e quando vejo, já estou tão perto de sua boca,  aguardando um recuo da parte dela, e o mesmo não acontece, e ao contrário disso, ela que me puxa para um beijo, sinto minhas pernas moles, pois revivo todas as emoções que já senti no passado quando nos beijávamos, o mesmo sabor doce de seus lábios nos meus.

- Dan...quer dizer Daniel, eu... não sei... não é certo...eu...- diz parando nosso beijo, mas ainda abraçada a mim.

- Aghata, é normal sentirmos atração um pelo outro, único problema é que você é noiva.- digo já com esperança que não seja mais.

- Não sou mais, hoje entramos em um acordo, Pedro entrou com o pé e eu com o traseiro.- diz rindo.

- Como assim, terminaram?

- Na verdade ele, mas eu achei melhor assim, eu não o conhecia, não sentia nada por ele, e não sei se esse sentimento um dia voltará.

- Confesso que de longe essa notícia foi a melhor que recebi hoje. Eu não sei o como aconteceu, mas você não sai da minha cabeça.

- Dan...quer dizer, Daniel eu ...eu não tenho nada a te oferecer... não sei se vou me recuperar mesmo.

- Você me chamou de Dan?

- Desculpa, é mais forte que eu, mas ...se você achar ruim eu prometo que vou evitar.

- Não.De maneira alguma, eu gosto.- sua memória está voltando com flashs, porque Dan era como me chamava, eu penso rápido. - Você já lembrou de alguma coisa?

- Nada, e isso é muito ruim.

- Tenha calma, vamos andar primeiro, para depois correr, certo?

- Sim.