Capítulo_39

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Aghata

Faz quinze dias que não vejo Pedro, ele teve que viajar para Paris. Dan está dando graças a Deus, ainda morre de ciúmes dele, já expliquei que somos amigos, mas ele não entende.

Pedro chega hoje e já me ligou, nem falei para o Dan, não tenho paciência para suas crises, e para piorar quer que eu vá passar o fim de semana na casa dos seus pais, mas não sei explicar, alguma coisa me diz para não ir, acho que é insegurança, por não ter recuperado minha memória, não queria que seus pais me olhassem como se eu fosse uma doente.

Sofia está me preocupando, me contou o que aconteceu com ela e Cadu, e eu que achava que ela ficaria mal, está ao contrário, pior que antes dele, o cinismo e o deboche tomaram conta dela, mas no fundo sei que ela está sofrendo, mas é teimosa o bastante para não demonstrar.

Minha memória não teve mais nenhuma mudança, e ver o Pedro, sempre me dá esperanças, não sei dizer o porque mas sempre quando o vejo, sinto que algo pode acontecer.

O dia até que passou rápido, estou indo para um café, encontrar com ele, até me ofereci para buscá-lo​ no aeroporto, mas ele não aceitou.

Não disse a Dan, mas vou contar, sei que vai ficar dando chiliques , então que dê depois.

Quando estou chegando, vejo o carro do Pedro já estacionado em frente, paro o meu ao lado e entro no café, vejo ele, e como sempre muito bonito, não sei como eram os meus outros namorados e nem sei quantos tive, mas uma coisa eu sei, bom gosto eu tenho, pois Pedro é lindo e Dan, meu Deus, Dan é perfeito.

- Oiê, desculpe o atraso.- digo beijando seu rosto.

- Oi "loirinha", imagina, cheguei atrasado também.- diz puxando minha cadeira para que eu me sente.

- E aí, como foi a viagem?

- Legal. Nada que eu já não esperasse.

- Nossa, foi tão chato assim?

- É que minha cabeça estava em outro lugar.

- Hum.Problemas?- pergunto pois ele está estranho.

- Pode se dizer que sim.

- Se precisar de ajuda estou aqui, pode contar comigo.- coloco minha mão em cima da sua.

- Aghata, eu... eu nem sei como te dizer, mas eu queria que você soubesse que eu ainda ... eu ainda te amo.- ele diz e eu fico perplexa, não sei o que dizer.

- Pedro...eu... nossa, você me pegou de surpresa...eu, na verdade estou com o Daniel.

- Eu errei muito no passado, talvez...quer dizer, eu sei que não dei valor ao que tínhamos, e hoje vendo você aqui, me sinto um merda.

- Pedro, se está assim pelo tempo que fiquei internada, não se martirize, acredito em destino, talvez, não era para ser.

- Eu também acredito em destino, e você perder a memória, pode ser uma segunda chance para nós dois.- não entendo o que ele quer dizer com isso.

- Como assim, não entendi?

- É que...que...se perdeu a memória, e o pouco que voltou ainda lembra de coisas que gosto, ou lugares que fomos. Quer dizer que fui importante para você.

- Hum, entendi.

- Aghata, eu quero que a qualquer momento que precisar de mim, que me procure, que me ligue, eu sei que está com o tal Daniel, mas não quero deixar de te ver.

- Você é um fofo, e eu nunca vou deixar nossa amizade morrer.

- Eu trouxe isso para você.- ele pega uma sacolinha e me dá, abro e tem um perfume.

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