Capítulo_27

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Aghata

O apartamento das meninas é uma graça, lanchamos, e agora estou esperando Dan chegar, e já está atrasado, disse que chegaria em quinze minutos, e já tem mais de meia hora e nada, não vou ligar acho chato, mãe esperar é torturante.

- Amiga, meu chefinho chegou, o porteiro acabou de avisar.

- Hum, ok vou descendo. Até logo.

- Leve sua chave, e divirta-se com moderação.

- Sua boba, até mais.- me despeço e desço, meu coração está a mil, sair com Dan de carro, só eu e ele, pareço uma virgem, e se for ver posso me considerar, visto que não lembro de minhas​ relações sexuais.

- Oi.- digo sem jeito, e ele vem em minha direção, me puxa juntando nossos corpos e me beija apaixonadamente.

- Oi.- diz tirando uma mecha de cabelo do meu rosto.- Está pronta?

- Acho que sim.

- Então vamos.

Ele dirige e vez ou outra me olha com um sorriso lindo no rosto.

Depois de acho que uns vinte minutos, chegamos na frente de um edifício bem bonito, ele estaciona em frente e entramos , assim que o porteiro me vê, vem me abraçar.

- Dona Aghata, graças a Deus, pedi tanto a ele que a senhora melhorasse.- diz o senhor de idade já avançada, muito fofo diga se de passagem.

- Obrigado,de coração.- não sei seu nome.

- O que precisar estou aqui.- ele diz.

- Senhor qual seu nome?- Dan percebeu meu desespero e foi gentil ao perguntar.

- Raimundo ao seu dispor.

- Raimundo, esse é meu namorado e na verdade passarei um tempo fora, na casa de uma amiga, vim buscar algumas coisas. Alguém me procurou?

- Não senhora.- diz e isso me afeta muito, como pode alguém no mundo não ter ninguém?

Nos despedimos do mesmo e subimos para o apartamento, até agora nada me fez recordar meu passado.Ao abrir a porta, vejo a decoração, gosto do que vejo, tudo muito organizado, bem delicado, cores neutras, o branco predomina o espaço, salvo alguns detalhes femininos que distingue bem o apartamento de uma mulher.

O cheiro é confortante, algo como lar, mas eu queria sentir e lembrar de algo mas não lembro.

- Está tudo bem?- Dan pergunta.

- Sim. É estranho, não recordar o que vivi aqui.

- Calma, isso leva tempo.

- Bom, vamos pegar minhas coisas, não vou levar muito, tenho esperança de voltar breve, será que você poderia ver as contas, não sei como ainda tem energia aqui.

- Sofia pagou suas contas nesse período.

- Como assim, ela não me disse nada.

- Certa vez ela entrou na minha sala, com muitas contas suas, e como você ainda estava em coma e era minha funcionária, optamos e pagar descontando do seu salário.

- Meu Deus, devo estar devendo os meus rins ao hospital.

- Exagerada, fique tranquila, não nos deve nada.

Me abraçou e fomos juntos ao meu quarto, ele sentou na cama e vi que sua fisionomia mudou.

- Dan?

- Oi.

- O que foi?

- Fico olhando esse apartamento, esse quarto e imagino sua vida, com outra pessoa que não eu, e não gosto nem de pensar.

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