Incondicionalmente (Romance Gay)

30. Confiante

           

Aquela garota, com um olhar triste, que até eu, se não soubesse o que ela tinha falado, ficaria com dó. Ela olhava para Matthew, que também olha para ela sério, então ela começa a falar, dizendo:

- De... demitida? – Ela pergunta com os olhos arregalados – O que eu fiz?

- Pense nisso depois que estiver fora daqui! – Matthew diz ainda olhando para ela.

- Isso não é justo Matthew! – Ela diz indignada olhando para Matthew e depois se vira, olhando para mim – Ele! Ele começou!

- Eu? – Pergunto com os olhos arregalados, mais indignado ainda.

- Ele não pode me ver quieta! – Ela olha para ele – Você pensa que ele é um anjinho, mas não é! Ele e essa ai! – Ela aponta para Yoko – Vive me provocando!

- O que é? – Yoko pergunta olhando para ela – Você está maluca! É você que não pode ver a gente em paz!

- Eles conseguem manipular você! Eu sei disso! – Ela chega mais perto de Matthew – Eu sinto isso!

- O veneno está escorrendo pelas presas! – Digo sem tirar os olhos dela, que olha para mim.

- Ai Matthew! – Ela olha para ele tentando convencê-lo.

- Vamos Yoko! Vamos subir! Não consigo mais ouvir mais nenhuma palavra que essa cínica diz! – Digo olhando para Tatiane.

Dou as costas para Tatiane e Matthew, junto de Yoko, para subir ao nosso setor, até que Tatiane, nervosa, diz:

- Cínico é você! – Ela grita – Infeliz!

Aperto o botão do elevador, que abre na hora e entramos no mesmo. Yoko aperta o botão do andar do setor que trabalhos e a porta se fecha, com Tatiane olhando com um olhar furioso.

- Vamos Tatiane! – Matthew ordena – Suba para o RH!

Ela se vira para Matthew, novamente se fazendo de vítima, dizendo:

- Matthew! Eu estive trabalhando aqui todos esses meses! Todos esses meses eu só fiquei aqui para ficar mais perto de você!

- E eu só deixei você ficar aqui por dó! – Matthew diz olhando para ela – Eu não te amo Tati!

- Não me ama? – Ela pergunta como se fosse a coisa mais triste que ela tivesse ouvido – Mas deve amar aquela coisa! – Ela muda a expressão para de raiva.

- Vai logo! – Ele ordena.

Ela olha para ele, ainda tentando fazer o mesmo mudar de ideia, que continua olhando para ela que não sai de seu lugar.

- Eu vou avisar as meninas do RH que você vai passar lá e vou pedir para que elas me avisem quando acertar suas contas com você! – Matthew diz se afastando dela.

Ele se afasta dela e caminha sem olhar para trás, em direção a um dos elevadores, indo em direção a sua sala.

Tatiane, devastada, senta no chão e começa a chorar. Suas colegas de trabalho que também trabalhava na recepção olha a mesma no chão, comentando uma com a outra o que será que tinha acontecido.

Chegando em meu setor, junto de Yoko, conversamos sobre o que tinha acontecido, Yoko diz:

- Ela é muito cínica! Ainda fala que nós provocamos ela! A minha vontade era de dar na cara daquela piranha! – Yoko diz com raiva.

- Vontade é o que não falta! Mas ela caiu sozinha! Nem precisamos fazer nada! – Digo um pouco mais aliviado.

Sentamos em nosso lugar, ligo meu computador e Yoko faz o mesmo. Enquanto ele inicia, Yoko chega com a cadeira perto da minha e diz: