21. Você me deseja?

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Enquanto todos olham para Miguel que está caído no chão, Matthew me olha por alguns segundos, ainda me encarando e percebendo que eu estava sobre o efeito de álcool. Alguns olham para nós. As pessoas não acreditavam que aquele era Matthew Walker.

Ele continua me olhando, então em um momento, ele vem em minha direção, ainda me olhando nervoso, ele diz:

- O que você está fazendo aqui? – Ele pergunta furioso, metralhando seu olhar no meu.

- Eu? – Pergunto meio bêbado.

Matthew me olha da cabeça aos pés.

- Olha para você! Você está bêbado! – Ele diz ainda furioso.

- Não, eu não estou! – Digo tentando não parecer.

- Vem comigo!

Matthew me pega pelo braço e anda em direção ao corredor.

- Espera Matthew! – Digo ainda em suas mãos – O que eu fiz de errado?

Ele não fala nada, apenas andamos em direção a saída. Passamos ao corredor que ficava os banheiros, onde ligava o segundo ambiente que estávamos, ao primeiro. Já no primeiro ambiente, todos olham para nós. Haviam poucas pessoas que não percebeu aquele movimento estranho, quer dizer, que não percebeu que era Matthew Walker, dentro de uma balada LGBT, segurando nos braços seu mais novo funcionário.

Saímos de lá, ainda aos seus braços, sentindo o vento frio da madrugada. O cara que está na barraca de cachorro-quente que fica fora das baladas, olha para nós. Eu forço para ele me soltar e digo:

- Matthew, para! – Digo tentando se afastar dele, sem sucesso.

- Para? Então você quer que eu pare? Ah!! – Ele olhando para mim, depois para frente – Será que você pediu para aquele seu " Amigo " Miguel parar também?

- Eu pedi sim, eu mandei na verdade! – Digo forçando para ele me soltar – Você vai acabar me machucando!

Matthew finge não ouvir. No estacionamento, ele pega em seu bolso, sua chave e aperta um botão, que destrava as portas, no qual faz um baixo bipe. Ele se aproxima da porta do banco passageiro, abre a mesma com a mão esquerda. Após a porta estar totalmente aberta, ele me solta, olha para mim e diz:

- Entre! – Ele diz sério.

- Eu deveria? – Digo afrontando Matthew.

- Vai!

Não tinha escapatória, eu tinha que entrar, pois ele estava em minha frente, tampando meu caminho, me deixando encurralado de cara com a porta aberta do carro. Entro, me sento e Matthew bate à porta. Ele vai até o outro lado do carro, entra no lugar do motorista, senta no banco, coloca o cinto e antes de prender, olha para mim e diz:

- Coloca o cinto! – Ele ordena.

- Por que? – Pergunto olhando para frente, sem olhar para ele – Nós vamos dar um passeio assim como aquele dia?

- Coloca Alex!

- Por que você não pede para a sua amável Tatiane colocar o cinto e se sentar aqui – Bato no estofado do banco – Bem onde eu estou sentado!

Matthew me olha, com uma cara, parecia não ter entendido o que eu tinha dito. De nervoso, ele passa a ficar confuso, então ele logo diz:

- O que? – Ele solta o cinto.

- Ué! – Começo a rir – Para quem não dá intimidade para ninguém naquela empresa, a recepcionista deve estar se achando, não é?

- Por que você está falando isso? O que te falaram?

Incondicionalmente (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora