31. Pôr do sol

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Ainda olhando ele, franzi as sobrancelhas e decido dizer:

- Jantar com você? – Pergunto sorrindo – Assim, do nada?

- É! – Ele abre a porta do carro – Entre!

Olho para o carro e depois para ele. Eu pensei que esse " Jantar " seria mais tarde, mas talvez ele quer me levar para casa ou algo assim.

Entro no carro, ele fecha a porta e vai até o lado do motorista, abre a porta e entra. Após entrar no carro e fechar a porta, ele me olha por um instante e logo diz:

- Hoje você viu que eu não me interesso pela Tatiane! – Ele coloca o cinto de segurança.

- É, eu vi! – Digo fazendo o mesmo que ele.

Ele continua me olhando, esperando que eu falasse mais alguma coisa.

- O que foi? – Pergunto.

- Estou te olhando! – Ele diz em um tom harmônico.

Por dentro eu estava derretendo com aquele olhar, mas não queria demonstrar. Enquanto ele me olhava eu viro o olhar para frente e digo:

- Você vai me levar para a casa?

- Para a casa? – Ele pergunta sem entender.

- É! – Digo virando o olhar para ele.

- Você vai jantar comigo hoje! – Ele diz firmemente.

- Agora? – Digo sem entender.

- Você vai para meu apartamento!

- Mas eu preciso ir para a casa, tomar banho, avisar minha mãe! – Digo tentando explicar.

- Tomar banho você toma comigo! Avisar sua mãe, você pode mandar uma mensagem, ou ligar! – Ele diz e vira o olhar para a estrada.

Matthew liga o carro e da partida antes mesmo de eu pensar.

No caminho para o apartamento de Matthew, no celular eu envio uma mensagem para minha mãe.

Alex – Mãe, eu vou dar uma volta depois do trabalho.

Maria – Ok.

Minha mãe não é o tipo que pega no pé do filho, ela se preocupa comigo, mas não é aquele tipo de mãe que pergunta onde vai, com quem, que horas volta, ela já sabe que eu sei me virar sozinho.

Bloqueio o celular ao ver a mensagem de minha mãe, coloco o mesmo no bolso e continuamos o trajeto até o apartamento de Matthew. Ele está todo sério, bem concentrado, olhando sempre para frente com a atenção redobrada na estrada, enquanto eu não consigo evitar de olhar para ele e admirar sua beleza, como ele me atrai, isso é o que eu não consigo evitar de verdade, apesar do seu jeito, as vezes sinto que ele também gosta de mim, mesmo duvidando as vezes, mesmo nosso futuro sendo incerto, eu só quero poder amar esse homem nesse momento e não deixar ele descobrir, pois se acontecesse algo, eu quero que o amar não tenha sido dito, mesmo sendo isso que eu sinto.

Chegando em seu apartamento, subimos pelo elevador. Ele continuava quieto, sério, isso de alguma forma me incomodava. Já no terceiro andar, ainda sozinhos no elevador, decido dizer:

- Como você está quieto! – Digo olhando para o lado.

- Eu só não costumo falar muito, só o necessário! – Ele diz olhando para frente.

- Por que? – Pergunto agora olhando para ele.

- Porque eu me tornei assim! – Ele olha para mim – E agora eu sou assim!

Incondicionalmente (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora