15. O que será que ele quer?

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Sim, é isso. Depois de me beijar, Matthew segura minha mão direita com suas duas, olhando fixamente para ela, até que ele desvia o olhar para mim e continua me olhando. Presto atenção em cada movimento, em cada expressão do seu rosto, em tudo. Ele me deixa vidrado, não sei como explicar, quando estamos só nós dois, parece que não tem mundo, parece que não tem mais um mundo fora daquele carro.

Matthew volta a me beijar e depois disso, ele diz:

- Posso te levar para casa? – Ele pergunta ternamente ainda segurando minha mão e beijando a mesma.

- Claro! – Digo dando um curto sorriso, ainda prestando atenção naquele lindo rosto.

Matthew me leva para casa. Chegando lá, ele para o carro na frente de casa, me olha e diz:

- Te vejo amanhã Alex! – Ele diz ainda com aquele tom de voz.

- Te vejo amanhã também Matthew! – Digo olhando para ele.

Matthew sorri, poucas vezes isso acontecia. Logo depois daquele curto sorriso, devolvo outro, porém mais longo por ter visto aquela pessoa que raramente sorria, sorrindo por minha causa. Após isso, saio do carro, fecho a porta e aceno para Matthew. Ele acena com a mão de volta e da partida no carro, seguindo para a empresa. Após me virar para entrar em casa, vejo que Christine, a vizinha que estava segurando a uma mangueira, provavelmente ela estava lavando a calçada e parou para ver eu saindo do carro de Matthew. Ela me olha fixamente e quando percebe que eu á percebo, ela volta a lavar a calçada e finge que não me viu.

Com certeza a maioria dos vizinhos já estavam sabendo que eu estava trabalhando na empresa de Matthew. Eu, sem nenhuma experiência, conseguir um emprego naquela renomada empresa, parecia que era demais para todos, acho que deve ser inveja ou algo do tipo, realmente eu não sei.

Sigo em direção a porta de entrada de minha casa. Quando estou um pouco a frente à vizinha, ela volta a me olhar.

Entro pela porta e vou direto para meu quarto. Jogo a mochila em qualquer canto do quarto, deito na cama, sorrindo e lembrando de Matthew. Lembrando de ontem em seu apartamento, quando ele me ensinou a tocar aquelas poucas notas de piano, dos seus beijos, do seu sexo, de hoje, ele não saia da minha cabeça.

No dia seguinte, na escola, entro na sala de aula e me sento em meu lugar de sempre. Após poucos minutos, Wendy e Emilly chegam juntas na classe. Elas pareciam animadas, como sempre. As duas se aproximam dos seus lugares perto de mim, se sentam e Wendy me olha e diz:

- Oi Alex! – Ela diz animada.

- Oi Alex! – Emilly diz colocando sua bolsa no chão, encostada com a cadeira.

- Oi gente! – Digo olhando para elas.

Que estranho, há poucos dias elas estavam estranhas comigo e agora estão sorrindo, com um alto astral, dava para perceber isso no ar.

- Como você está? E o trabalho? – Wendy pergunta se virando, ainda sentada, para mim.

- Ah, está indo tudo bem por enquanto! – Digo sorrindo para elas.

- Ah que legal! E o Matthew? Como ele está? – Emilly pergunta com o maior interesse.

- Acho que está bem! – Digo olhando para Emilly.

Ela continua me olhando, também sorrindo. Wendy diz:

- O povo lá é legal? É difícil as coisas lá?

- Não, são legais, estou aprendendo ainda, no começo parece ser difícil, mas quando você pega o jeito tudo fica fácil!

- Ah sim... – Wendy diz olhando para porta, vendo quem entra na sala.

Incondicionalmente (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora