27. Senhor Walker

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Ficamos olhando um para o outro durante alguns segundos, até que digo:

- Posso entrar, senhor Walker? – Digo tentando parecer um funcionário qualquer.

Matthew vem em minha direção. Continuo parado onde eu estou, até que ele passa por trás de mim, fecha a porta e passa por mim, indo em direção a poltrona que fica em frente à sua mesa principal, enquanto diz:

           

- Sente-se! – Diz ele sentando na poltrona do lado.

Vou em direção ao sofá de dois lugares, que fica em frente à mesa de Matthew e ao lado da poltrona que ele está sentado. Chegando lá, antes de sentar, digo:

- Com licença! – Digo antes de sentar.

Matthew balança a cabeça, sem olhar para mim. Após estar sentado, ele olha para mim e diz:

- E agora? Será que podemos conversar civilizadamente? – Ele pergunta sério.

- Eu fiz algo de errado senhor Walker? – Pergunto parecendo estar preocupado.

- Alex... – Ele chama minha atenção.

- Se eu fiz algo de errado nos relatórios, eu prometo tentar melhorar!

- Não me chame de senhor Walker! – Ele me interrompe – Você não fez nada!

- Então se eu não fiz nada de errado, posso me retirar?

- Não, você não pode! – Ele diz em um tom de voz mais sério.

- Por que não senhor Walker? – Digo sem entender.

- Eu te chamei aqui para conversarmos! E é isso que vamos fazer!

- Fala! – Digo já irritado – Fala tudo que você tem para falar que eu tenho que ir embora! – Digo sem olhar para ele.

Matthew se levanta, ainda me olhando sem parar, passa por mim e senta-se ao meu lado. Ele volta a me olhar e diz:

- Alex, você sabe a definição de passado e presente?

Ah, ele até parecia que estava se sentindo superior, é claro que eu sei qual é o significado de passado e presente, que pergunta mais idiota!

- Eu pareço que não sei? – Pergunto ainda sem olhar para ele.

- Parece! – Ele diz curto e grosso.

- Então o que eu estou fazendo aqui? Tenho certeza que você não quer nenhum funcionário que não sabe a definição de passado e presente, trabalhando na sua empresa! – Digo virando o olhar para ele irritado.

Ele fica me olhando por um tempo, sorrindo sem abrir a boca, me vendo irritado, parecendo estar gostando da situação. Logo percebendo aquilo, digo:

- O que foi? – Pergunto ainda irritado.

- Você fica engraçado irritado! – Ele diz ainda me olhando com aquele patético sorriso.

- Eu tenho que ir! – Digo me levantando do lugar.

Passo por ele, que também se levanta e pega em meu braço. Ele segura sem a intenção de soltar, enquanto viro meu olhar para ele, que também me olha. Esse olhar intenso parece que não quer deixar eu ir embora, ele custa a me deixar ir e eu não quero ceder, se isso acontecer eu sei que posso me magoar muito, para mim já estava formado o começo, meio e fim de nossa história. Então, ele diz:

- Você não vai agora! Eu te quero para mim! – Ele continua me olhando com aquele olhar intenso – Só para mim! Essa história com a Tatiane eu já te expliquei! Há muito tempo que não temos nada e nem vamos ter!

Incondicionalmente (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora