Incondicionalmente (Romance Gay)

59. Final de semana

FINAL DE SEMANA (SABADO / 09: AM)

Depois de acordar, tomar café da manhã e depois me sentar para ver TV ao lado da minha tia que estava vendo a previsão do tempo no telejornal da região, meu celular toca e quando vou ver, é Yoko.

- Olá Yoko! – Digo em um tom animado.

- Oi Alex! Bom dia! – Ela diz com o mesmo tom - Tudo bem aí?

- Tudo ótimo! – Sorrio por estar falando com Yoko – E aí? Que saudade!

- Tudo ótimo! Partiu matar essa saudade?

- Como? – Pergunto por não ter entendido direito o que ela disse.

- Vamos sair hoje? Eu já falei com a Wendy!

- Sair?

- Isso!

- Ah, vamos! Estou morrendo de saudade de vocês! – Digo sorrindo enquanto minha tia, que está deitada do outro lado do sofá, me olha com um olhar de quem estava prestando atenção na conversa.

- Eba! Ótimo! Você pode levar sua mãe e sua tia também! Eu gostei muito delas.

- Claro! Eu posso até falar com elas se quiser...

- Claro que eu quero!

- Certo...

- Passo aí as 1 da tarde!

- Ok, mas onde vamos?

- Até as uma!

Yoko desliga o telefone sem ter tempo de responder, talvez ela nem tenha ouvido o que eu falei, nem me dou conta se o bipe do termino da chamada foi reproduzido antes ou depois de eu perguntar onde vamos.

Após desligar o telefone, olho para titia que não tira os olhos de mim, sorrio meio de lado e digo:

- Quer sair hoje? – Digo mesmo ela tendo escutado mais ou menos nossa conversa.

Depois de falar para ela que foi Yoko que chamou e que não sabia onde iriamos, ela aceita e logo após chamamos minha mãe que implica com o fato de não saber onde iriamos, mas quando digo que essa amiga é Yoko, ela deixa de implicância e aceita.

Yoko chega em casa e apanha todos para seu carro, ele era confortável, cheiroso e não fazia ideia do que ela usava para deixar aquele carro tão agradável.

Entro pela porta, me sentando no banco passageiro e minha mãe e tia entra atrás, encontrando Wendy que já estava lá. Todas as mulheres dentro daquele carro estavam animadas, e eu ainda não sabia para onde iríamos.

- Oi amigo! - Yoko diz sorrindo e me olhando, depois olha para minha mãe e tia que está entrando no carro - Fiquem a vontade meninas!

- Oi! - Digo colocando o cinto de segurança - Para onde vamos?

- Alex!!! Oi! - Diz Wendy.

- Wendy? - Olho para trás e após ver ela, sorrio - Oi!

- Vamos dar uma volta!! - Minha tia diz animada.

- Fazia tempo que não saia para distrair minha mente! To começando agora com suas amigas Alex! - Minha mãe diz soltando uma curta risada.

- Isso aí tia! Vamos sair muito ainda! - Yoko diz dando partida no carro.

Após o carro andar um pouco, volto a perguntar...

- Para onde vamos? - Digo olhando para Yoko.

- Você vai ver Alex! - Ela olha de relance depois volta a olhar para frente - Calma menino!

- Só não me fala que vamos comprar roupas que já me dá uma coisa... - Digo trincando os dentes e fazendo careta.

- Alex, comprar roupas é tão legal! Você adorava ir comigo antes! - Wendy diz rindo.

- Você demora um ano para escolher uma blusinha! A Yoko acho que uns quarenta minutos! - Digo soltando um curto riso.

- Que nada! - Wendy sorri.

- Eu demoro no máximo quinze minutos! - Yoko diz sorrindo, sem deixar de dirigir.

- Quinze minutos vocês devem levar para colocar uma blusinha gente! Para, não força! - Tia Amber diz sendo sarcástica e rindo em seguida.

- Tenho que concordar! - Diz minha mãe ao seu lado do carro, no meio de Wendy e sua irmã.

Depois de algum tempo na estrada, eu percebo que Yoko não está dirigindo em direção ao shopping, muito menos ao centro da cidade, no lugar que estávamos passando não haveria mais nenhuma loja ou algo do tipo pela frente e começo a estranhar. Alguns minutos depois, passando por uma rua que contém varias árvores do lado direito, formando uma floresta, rua deserta, onde era raro passar carros, tento raciocinar enquanto minha tia conversa no banco de trás com Wendy sobre maquiagens, até minha mãe estava no meio pegando dicas com a expert Wendy que estava fazendo um curso sobre. Sem muito esforço, começo a lembrar... aquela rua não me era estranha, eu me lembro sim do dia em que Matt me trouxe aqui no começo da nossa relação, quando começamos a nos envolver e é aí, quando me lembro que Yoko para o carro poucos metros atrás de uma placa que indicava um posto de gasolina a cinco quilômetros, mesmo lugar que Matt parou quando me trouxe nesse exato lugar.

Yoko tira o cinto, sai do carro e Wendy, minha mãe e Tia Amber faz o mesmo. Tiro o cinto como Yoko e saio do carro, sem entender, olho para ela e digo:

- Por que paramos agora? Algum problema com o carro?

- Na verdade não! - Ela diz sorrindo -  Venha!

Wendy e minha mãe segue Yoko que entra na floresta e antes de minha tia acompanhar, ela vira-se para mim e diz:

- É melhor você vir Alex! Não vai querer ficar aí na estrada sozinho não é? - Titia sorri.

Elas estavam aprontando alguma coisa! Como minha mãe entra no meio das árvores, em uma floresta sem reclamar? Como minha tia faz a mesma coisa e manda eu vir atrás? Wendy não diz nada e Yoko estava muito estranha, mas mesmo assim decido ver o que é, mas confesso que estava ansioso para descobrir, tenho um certo problema com isso, de ficar ansioso com tudo, até quando falam que precisa falar comigo depois meu coração meio que dispara. Não é nada grave mas na hora não tem como evitar a ansiosidade, até a pessoa mais calma do mundo tem seus momentos ansiosos.

Andamos pela grama, em meio às árvores e da para ouvir até os pássaros cantando, sentir o ar puro e ar árvores balançando suavemente com o vento se chocando nas mesmas. Agora cada lugar que eu pisava, não era desconhecido, eu consigo assemelhar alguns lugar conforme íamos andando todos em silêncio, eu sabia se perguntasse algo para qualquer pessoa, ninguém me responderia, então decidi ficar de boa com minha ansiosidade ao meu lado.

Depois de andar uns 7 minutos por aquela floresta. Todos param e Yoko olha para trás, com um sorriso no rosto e diz:

- Alex! - Ela me chama - Vem cá.

Caminho passando pela minha tia, minha mãe e Wendy, até chegar perto dela e então, a mesma me olha com um olhar de quem também estava ansiosa, esperando algo e diz:

- Você deve estar lembrando desse lugar, eu não sei porque, só sei disso, que deve estar passando pela sua cabeça alguma vez que veio aqui, então - Ela abre o caminho - Agora você pode ir na frente...

- Ir na frente? Mas por que? - Digo sem entender.

- Algo te espera! - Ela diz com aquele olhar ansioso.

Agora eu sei que não sou só eu que estou ansioso, depois de olhar para Wendy, minha mãe e Tia Amber que estavam atrás, vejo o olhar de cada uma, como se tivessem mandando eu ir e esperando alguma coisa. Eu não faço ideia do que esperar, do que seria esse algo que me esperava.

Olho para frente e começo a andar. Sei que poucos metros de onde estou, tem uma descida de terra plana, meio que parece uma escada, mas não de concreto e depois disso andava mais um pouco e chegava no lugar que imaginava que elas estavam me levando, na verdade, eu não fazia ideia se era lá ou não, pois o único lugar que eu vim por aqui era o que estava indo.

Depois de dar alguns passos, aquelas mulheres que estavam me deixando ansioso, vem atrás, até eu passar por um arbusto que separava a floresta de uma pequena praia e o cais, então meu coração começa a bater forte e é aí que eu passo por ele e olho para frente...