41. Medo

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Saímos do avião, com as malas e minha mãe estava lá, nos esperando, em meio a outras pessoas que estavam esperando os passageiros, algumas com cartazes escrito o nome.

Seguimos em sua direção, sorri quando a vi, claro, já estava com saudade, minha tia faz o mesmo. Deixo a mala no chão, dou um abraço forte nela e titia faz o mesmo em seguida. Ela nos olha sorrindo e diz:

- Vocês parecem ótimos! – Ela olha para tia Amber – Até você veio Amber?!

- Claro que vim irmã! – Ela virando o olhar para mim – Vim trazer meu sobrinho! É perigoso andar por ai sozinho!

- Tia, eu fui para sua casa sozinho e de boa! – Digo dando um curto riso.

- Vamos para casa! – Minha mãe diz animada.

Já estávamos no carro, tia Amber sentada no banco passageiro ao lado de mamãe que estava no banco do motorista dirigindo e eu atrás. O carro estava indo em direção para casa, enquanto ondas sonoras de uma música de Tony Bennett, mamãe estava concentrada ouvindo sua música favorita, enquanto titia estava entediada, olhando para fora, parece que ela não estava curtindo tanto aquela música lenta, mesma coisa eu, quando saia com ela, mas nem estou ligando, pois já acostumei.

- Aí que música é essa Maria? – Ela diz olhando para ela.

- A música? – Ela diz sorrindo, olhando para frente e dirigindo – Essa música o dia em que fomos em uma viagem a São Francisco!

- Quanto tempo vai demorar para chegarmos em casa? – Ela pergunta olhando para fora.

- Uns vinte minutos, vinte e cinco, por aí.

Titia arregala os olhos, olha para ela e diz:

- Em quase dez minutos de viagem você colocou essa música para tocar duas vezes!

- Porque é boa!

- Ah, desculpa irmãzinha, mas não vai dar para ficar ouvindo essa música não! – Titia balança a cabeça.

- Ué, por que?

– Não é mesmo Alex? – Ela olha para trás.

- Eu já acostumei! Ela só ouve Tony Bennett! – Digo sorrindo.

- Muda o disco Maria! – Tia Amber diz olhando para ela.

- Por que você sempre implica com as músicas que eu ouço Amber? – Ela olha rapidamente para titia depois volta a olhar para frente – Desde a nossa adolescência!

- Porque você ouvia uma música e não trocava, sempre a mesma, isso me deixava desesperada!

- Porque todas as músicas que eu ouvia eram boas! Aceita! – Minha mãe sorri enquanto dirige.

- Podem até serem boas, mas você ouvia tanto as mesmas, que faziam ficar chatas! – Titia diz soltando um riso rápido.

- Você que diz! – Minha mãe diz ainda sorrindo.

- Já ouviu demais essa música! – Tia Amber diz pegando o celular, olhando para o rádio e depois para mim – Tem Bluetooth nesse rádio?

- Tem tia! – Digo olhando para mamãe que trinca os dentes.

Ela volta a olhar para frente, desbloqueia o celular, conecta o rádio com seu celular e diz:

- Que música você quer ouvir Alex?

- Ah, qualquer uma legal tia! – Digo olhando para tia Amber e para minha mãe que parece desconfiada.

- Vocês não vão tirar a minha música, não é?! – Mamãe pergunta já sabendo que íamos.

Incondicionalmente (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora