33. Passado

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Lá estou eu, em pé, quase encostando na janela, acomodado, apenas assistindo o movimento da cidade abaixo de mim, vendo o sol brilhando cada vez mais e sentindo o calor do mesmo em meu corpo. Ainda desse jeito, olhando para o céu azul com algumas nuvens atravessando, eu não consigo parar de pensar no que tinha acontecido na noite passada, todo nosso envolvimento, nos encaixávamos muito bem, no sexo, no carinho, mesmo que a maioria das vezes acontecia só na cama, nossos beijos, tudo, tudo isso nos conectava de alguma forma inexplicável.

O que eu mais temia, acho que está acontecendo, acho não, tenho a certeza que eu estou apaixonado por ele, eu estou amando aquele homem como eu nunca amei ninguém em minha vida! Chega a ser engraçado, mas eu nunca amei ninguém de verdade nesses 17 anos.

Sem perceber, Matthew se levanta, também nu, se aproxima de mim e me abraça comigo ainda de costas. Sinto o calor de seu corpo que estava coberto pelo lençol de algodão. Ele cruza seus dois braços entre meu pescoço e ombro e beija meu rosto. Levo minha mão direita até um de seus braços e acaricio de leve o mesmo. Matthew encosta sua cabeça em meu ombro e diz:

- Que bom que você está aqui... – Ele beija meu pescoço – Aqui comigo! Iria ser maravilhoso se você dormisse comigo todos os dias!

- Não iria ser ruim! – Digo sorrindo.

Me viro para ele, que agora me abraça pela cintura, olho em seus olhos por alguns segundos, podendo sentir sua respiração calma e logo digo:

- Seria perfeito! – Digo com uma de minhas mãos em seu peito.

Matthew me beija, até que volta a olhar para mim e dizer:

- Espero que um dia podemos realizar isso! Você aqui comigo sempre! Todos os dias! – Ele diz, transmitindo uma enorme vontade.

- Você iria querer ver minha cara todos os dias? – Digo lançando um curto sorriso.

- Eu não iria só querer, como também preciso disso! – Ele diz olhando com um olhar intenso – Eu te disse que eu preciso de você! Que você me faz tão bem!

- É incrível! – Digo lançando outro daquele sorriso e olhando para o lado.

- O que?

- Como você pode sentir o mesmo que eu sinto? – Digo agora olhando para ele – Com todas as palavras.

- Não tem coisa mais perfeita que os dois sentir a mesma coisa! – Ele diz me agarrando.

Matthew começa a me beijar, me pega pelas coxas e me levanta. Cruzo meus braços em sua costa, com medo de cair, mas já seguro em suas mãos, sorrimos e voltamos a nos beijar. Matthew me encosta na parede e continua me beijando, com sua língua dentro da minha boca e suas mãos apertando minhas coxas, até que digo:

- Eu preciso ir! – Digo e ele volta a me beijar.

- Ah, mas já? – Ele pergunta e volta a me beijar novamente.

- Já! Minha mãe deve estar me esperando! – Digo ainda sendo segurado por ele que me olha.

Matthew me deixa com os pés no chão, ainda perto de mim ele me beija novamente, dessa vez um beijo mais rápido. Após me beijar ele me olha e diz:

- É verdade! Sua mãe deve estar preocupada com você! – Ele diz se afastando de mim.

Matthew vai até o banheiro e volta com minhas roupas na mão.

- E sua mãe? Seus pais... você nunca falou deles para mim!

- Não é preciso! – Ele diz sério.

Incondicionalmente (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora