Incondicionalmente (Romance Gay)

48. Explicação

(PESSOAL, COMO HAVIA DITO, ESTOU POSTANDO SEM REVISÃO, ESTOU ESPERANDO ACABAR TODA A HISTÓRIA PARA REVISAR E POR MAIS QUE ESCREVO NO COMPUTADOR, AS VEZES SAI ALGUNS ERROS)

Já havia registrado a ocorrência, tudo detalhadamente, contei tudo mesmo, exatamente da mesma forma que aconteceu e já estava registrado, Tatiane agora estava sendo procurada e como já pensava, ela com certeza iria fugir depois de ter passado por aquela situação, correr da polícia e eu estranhei, ela por ser sínica, deveria ter ido para a polícia, fingindo que não devia nada e não fugir, isso ainda me intriga quando lembro.

Saio da sala do delegado e lá fora, na sala de espera, vejo minha mãe sentada, ainda aflita esperando eu sair, olhando para baixo e minha tia, tentando acalma-lá, Wendy e Yoko sentadas uma do lado da outra e Matthew, na ponta, parecia estar meio ansioso até me ver e se levantar. Minha tia percebe que Matthew havia se levantado e olha para mim, me vendo sair da sala, fechando a porta com uma expressão meio estranha no rosto, ainda meio sem entender direito o que tinha acontecido, a fixa não cai, as ameaças de Tatiane, tudo vindo à tona, Yoko, Wendy e até Matthew, o homem que eu estava disposto a deixá-lo para poupar a vida da minha tia e de minha mãe, mesmo não querendo eu fui obrigado e ao vê-lo, com um olhar ansioso, preocupado e caminhando em minha direção, o mais rápido que seu andar podia, meu coração volta a bater forte, a sentir a sensação de todas as vezes que o via, isso é estranho e bom ao mesmo tempo.

Matthew chega perto de mim, ainda com seu olhar preocupado e me encara por um instante. É a primeira vez que nos vemos, perto, em frente um do outro desde o dia que surpreendi o mesmo na sala e soube da proposta do evento, primeira vez depois que fui para casa de minha tia para tentar esquecê-lo. Ele continua me olhando e não sei o que fazer, eu sinto uma vontade imensa de beija-lo, pedir perdão antes mesmo de ele se manifestar sobre Tatiane, pedir perdão por eu ter sido um covarde e me deixar levar pelas ameaças daquela mulher que não valia nada.

O olhar fica mais intenso, até que consigo ver um brilho em seu olhar, de perto e conseguia sentir que seu olhar não era um olhar de atração, de desejo, ele queria fazer algo, eu sinto, algo que não era sexo ou tocar em meu corpo com outras intenções, até que sem esperar, ele faz o que queria fazer... Matthew me surpreende com um abraço, um abraço apertado e com os braços retos, sinto a intensidade daquele abraço e levanto às mãos, levanto a direita até a parte de cima das costas e a esquerda um pouco mais abaixo, antes de chegar ao seu quadril. Matthew me abraça de uma forma como nunca abraçou antes, era bem mais que aquele abraço na varanda de seu apartamento, com o por-do-sol de fundo, seu abraço me conforta e me deixa mais corajoso diante de toda a situação, um abraço cheio de sentimentos, de amor, alegria em me ver novamente, a forma que ele acariciava de leve minha nuca, sua respiração profunda e a leveza em me ver de volta, já eu, me sinto da mesma maneira e meu abraço depois de por as mãos em sua costa e me entregar aquele abraço quente e confortável, é da mesma forma, intenso, amoroso e de alguma forma, eufórico ao vê-lo de novo, sentir o mesmo novamente e dessa vez, sentir de verdade todo o amor que aquele abraço demorado demonstrava, a saudade que estava matando desse homem que eu não consegui esquecer por nenhum momento, que quase deixei a raiva tomar conta de mim e desistir de tudo, mesmo sendo difícil.

De alguma forma, eu não queria enxergar as coisas, que havia outras formas de resolver, uma forma que eu pudesse conversar com Matthew novamente, nunca passava por minha cabeça aquilo e a raiva me fez esquecer de tudo que Matthew passou, sua mãe narcisista que dormiu com seu namorado, a frustração de ficar com mulheres, tentando sentir prazer e amar sem haver nenhum por cento de sentimento, sem conseguir sentir, não aceitando ser Gay, como eu pude esquecer que ele também sofria com aquilo?