Capítulo 16

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No dia seguinte, acordei depois de tanto me revirar na cama. Era meu dia de folga, então eu consegui acordar às nove. Durante a noite, sonhei que estava na mídia como a vadia do CMO. Tive esse sonho várias vezes seguidas, até que acordei, tomei um copo de água e respirei fundo antes de voltar a dormir.

Me espreguicei e olhei para o lado, para meu criado mudo ao lado da cama. Me levantei e peguei a garrafa de uísque barato em cima dele para levar até a cozinha. Minha cabeça estava explodindo de dor e eu fui em passos bem lentos quase tropeçando em meus próprios pés. Quando finalmente cheguei à cozinha, lá estava ele com um suéter bege e calça caqui. Dei um pulo de susto, deixando meu uísque estilhaçar quando o deixei cair no chão.

— Jesus! - levei a mão ao peito e encarei os cacos de vidro no chão. Me perguntei como entrou ali, mas provavelmente achou a chave reserva com muita facilidade. — Sebastian, não pode simplesmente entrar aqui. Poderia ter me matado do coração, ou...

Ele analisou meu corpo e só então percebi que eu estava usando uma camisa social azul de meu pai e calcinha.

— Senti sua falta ontem à noite - disse ele ainda me analisando, com o polegar batendo nos lábios lentamente.

Sentiu minha falta? Ah claro, para me culpar ainda mais de aquela notícia ter saído no jornal.

Queria brigar com ele, queria mesmo, mas não resisti e sorri mordendo o lábio e abri os braços para exibir ainda mais o meu corpo.

— Faça algo a respeito - dei de ombros.

Não precisei pedir mais de uma vez para que ele viesse praticamente correndo em minha direção, me puxando pelo quadril e me colocando sentada em cima da mesa de vidro, tirando o cinto de sua calça e puxando minha coxa, obrigando minha virilha a sentir o volume explodindo sua cueca.

— Merda! Você me excita - me puxou novamente e delicadamente, mordeu meu lábio.

Todo aquele momento se transformou em desespero. Puxões de cabelos desesperados, os apertos em minha coxa tão rápidos como se ele tivesse que fazer sexo comigo antes do voo que seria daqui uns quinze minutos, sei lá. Ele queria mais de mim do que nunca quis antes, acho.

De um jeito bruto, ele rasgou a camisa azul de meu pai e a jogou longe. Suas mãos logo apertaram meus seios nus. Dei uma risadinha e mordi o lábio quando a palma de sua mão acertou minha coxa. Ele puxou o seu suéter desesperadamente, o que foi engraçado porque a peça de roupa ficou agarrada ao seu queixo.

— Onde fica seu quarto? - perguntou ele, pressionado o volume de sua cueca contra a minha calcinha.

— À direita - respondi enquanto suspirava.

Ele me puxou de um jeito rápido e forte e logo nós já estávamos no meu minúsculo quarto. Sem nenhuma gentileza ou algo do tipo, ele me jogou na cama e bateu a porta, embora Megan não esteja aqui porque passou a noite com Michael.

— Tem... cordas, ou algo do tipo? - perguntou ele com um certo desespero.

— Ahn... não? - franzi o cenho.

— Merda! - ele passou os dedos entre os fios de cabelo antes de dizer: — Eu vou pegar uma coisa no carro, não quero que mude de posição, ou... ou que se vista.

— Tudo bem - franzi o cenho e mordi o lábio sem entender porra nenhuma daquela situação.

Ele saiu do quarto sem camisa e com a calça semi aberta. Provavelmente as mulheres dos prédios - e talvez os gays - vão ter os pensamentos mais obscenos e os melhores orgasmos sem nem mesmo transarem com ele. Que elas morram de inveja porque quem está fodendo com ele sou eu.

Tentação InglesaOnde histórias criam vida. Descubra agora