Capítulo 13

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Meu corpo já estava perdendo as forças, afinal de contas, já acordamos transando depois de termos feito a mesma coisa seis vezes seguidas na noite de ontem.

— Jesus Cristo! Oh, Eleanor! - Sebastian gritava enquanto prendia meus pulsos contra a cama, afundando seu rosto entre meu ombro e pescoço.

A essa altura, eu já estava gritando tanto que mais parecia um choro e, mesmo sem forças, eu ainda queria mais. Eu provavelmente transaria com Sebastian - se ele quisesse - até as minhas pernas literalmente caírem. Eu não me importaria se isso acontecesse.

Quando finalmente os movimentos de Sebastian perderam a força, seu corpo estremeceu dentro do meu antes de cair ao meu lado na cama. Seus olhos azuis se fecharam enquanto ele passava a mão na testa para tentar enxugar todo aquele suor. Ele estava tão ofegante e ainda gemia, o que me deixava muito louca.

— Meu Deus! - suspirei e olhei para meu corpo. — Preciso de um banho.

Sebastian logo me encarou balançando as sobrancelhas mas eu neguei com a cabeça.

— Ah, qual é!

— Eu preciso de um banho, Sebastian. Se fizermos outra coisa, vamos nos atrasar - pisquei e ele assentiu, frustrado.

— Tudo bem - bufou e se levantou procurando pela cueca. — Estarei te esperando na cozinha. Tem roupas no seu quarto.

Apenas assenti e atravessei o corredor para chegar no banheiro. Tomei um banho rápido e subi para meu quarto enorme. Escolhi um vestido verde, bem larguinho sem mangas. Fiquei me encarando no espelho só para ter certeza de que eu não estava ridícula, calcei uma sandália prateada e mandei uma mensagem para Megan me desculpando por não ter dado carona à ela. De novo.

Ajeitei o meu cabelo e desci as escadas, indo até a cozinha. Imaginei que Liz estivesse ali, mas ela não estava. Acho que não é sempre que ela está aqui.

—... tudo bem. Certo... Obrigado - Sebastian desligou o telefone e se virou para me admirar. Sorriu ao ver que eu usava um vestido verde. Ele adorava quando eu usava verde porque, segundo ele, destaca meus olhos. Logo depois de um tempo, ele pegou um comprimido na bancada da cozinha e quando ele tomou a água, ergui uma sobrancelha. Ele levantou o copo e respondeu a pergunta que eu tinha feito mentalmente: — Relaxante muscular. O que foi? Você fode comigo, mulher.

— Oh, então você está com dor no corpo? - franzi o cenho e balancei a cabeça enquanto apontava para ele, que levantou as mãos em rendição.

— O que? - ele pegou a cartela de remédios e a balançou em minha frente. — Também acabei com você, não é? Você também quer um?

— Não, estou bem - soltei uma risadinha e ele balançou a cabeça. Eu não estava tão bem assim, meu corpo nunca esteve tão dolorido antes, mas eu dava conta. Eu sempre dava.

— Vamos? - ele sorriu. — Ou quer tomar café da manhã aqui?

— Eu não estou com fome - franzi o nariz e balancei a cabeça.

— Certo. Então vamos.

Descemos para o estacionamento. Ele entrou em um de seus outros carros, dessa vez não era a Mercedes, era um Honda Accord em um tom de azul-escuro quase preto, que brilha tanto quanto seu outro carro. Me pergunto como ele consegue deixá-los assim, eu mal lavo meu Optima.

* * *

Eu estava terminando de ajeitar todas aquelas pilhas de papéis de tipos de contrato, relatórios e tudo mais quando Sebastian atravessou sua sala como um furacão. Me virei imediatamente e ele estava com uma mão no bolso e com a outra, passava a enorme mão na barba por fazer.

Tentação InglesaOnde histórias criam vida. Descubra agora