Tentação Inglesa

Capítulo 29

Voltamos para o quarto de hotel depois das oito da noite. Nadei um pouco na praia e Sebastian tentou surfar, mas não teve sucesso. Arrumamos nossas malas e subimos para a cobertura onde Filippo nos esperava ao lado do jatinho.

Jantamos no jatinho mesmo enquanto falávamos da viagem e do negócio fechado com os patrocinadores norte americanos. Às sete e quarenta mais ou menos, pousamos na cobertura da Griffiths e meu Optima já me esperava no estacionamento.

— Richard tem mesmo ótimos contatos - disse olhando para Sebastian enquanto alisava meu precioso carro, como se ele fosse um humano.

— Pena que temos que trabalhar em uma hora - ele bufou e conferiu o relógio do celular — Na verdade, em vinte minutos.

— Meu Deus! Eu preciso... preciso me arrumar.

— Pode se arrumar no banheiro - ele deu de ombros e apontou para dentro — Vai logo! Tem sorte que suas malas estão aqui.

Passei correndo e abri um sorriso quando ele deu um tapinha em minha bunda.

Todos os andares da Griffiths tinham banheiros, mas decidi usar o do nono de uma vez, já que eu ficaria por lá mesmo. Coloquei um vestido tubinho preto liso de mangas e calcei a primeira sandália que encontrei dentro da mala. Penteei meu cabelo e o deixei com as ondas mesmo. Passei uma sombra bem clara nos olhos e, nos lábios, um batom nude - o de sempre. Coloquei meus brincos de pérolas e fiz um biquinho enquanto me encarava no espelho. Conferi o relógio e eu ainda tinha dez minutos de folga.

Fui para a sala de Sebastian, olhei se ninguém estava vendo e me joguei em sua cadeira macia, fiquei rodopiando e rindo até ficar tonta e me debruçar na mesa de mármore e vidro. Me movi com a cadeira e ajeitei sua escrivaninha e minha mesa ao lado dela, apesar de já estarem impecáveis. Voltei para a mesa de mármore e vidro e joguei meu corpo para trás na cadeira. Dei um pulo quando a porta se abriu e me levantei.

Sebastian se aproximou ajeitando a gravata. Abriu um sorriso malicioso e me puxou pela cintura, fazendo meu quadril se chocar pelo seu e uma eletricidade percorrer todo meu corpo.

— O que está fazendo? - sussurrei.

Ele pousou uma das mãos em minhas costas e outra em minha nuca, me puxou ainda mais para perto e me beijou. Depois roçou nossos narizes e, com o rosto colado no meu, disse:

— Estou te beijando. Mas só porque não temos tempo para transar agora.

Meu corpo todo estremeceu e eu lutei contra mim mesma para permanecer de pé depois dessas palavras saindo da boca de Sebastian. A voz baixa e rouca.

— Deveríamos ter feito isso no avião.

— Podemos ir para lá, ainda está na cobertura. Depois, saímos de lá e falamos que o voo atrasou, como se nada tivesse acontecido, hum? - ele segurou meu rosto com as duas mãos e fechou os olhos. Fechei os meus também. Sua testa ainda estava colada na minha.

— Acho essa ideia tentadora, mas teremos mais oportunidades - abri os olhos e sorri, beijando seus lábios.

Sua respiração ficou mais forte e uma de suas mãos deslizou pelas minhas costas até chegar em minha bunda, onde ele apertou de um jeito forte, me fazendo arfar. A tensão se formava em seu maxilar e ele me apertava com mais força. Seus lábios desesperados encontraram os meus e sua língua massageava a minha de um jeito suave. Senti seu coração batendo contra meu peito e Deus! Ele estava quase saindo para fora. Imagino como está para ele lá embaixo.

Ele me soltou e conferiu o relógio do celular.

— Tem exatos cinco minutos para gozar, Eleanor! - disse ele levantando meu vestido.