Capítulo 35

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Na manhã seguinte, senti uma leve tontura ao me levantar da cama rápido demais, mas me recuperei logo e desci para preparar o café da manhã. Eu havia dormido com uma camisa de Sebastian - a que ele me emprestou na minha primeira noite, a noite que ele me fodeu bem forte na mesa de jantar -, que, por algum motivo, me fazia dormir melhor. Talvez pelo cheiro dele impregnado e aquilo ser como cocaína ao invadir minhas narinas.

Peguei uma frigideira e comecei a fritar as salsichas enquanto movimentava meus pés de um jeito estranho em uma dancinha, cantarolando uma música qualquer do The Craberries. Deixei a frigideira de lado no fogão e comecei a balançar meu quadril. Eu estava usando meia, o que ajudava meus pés a deslizarem no chão. Soltei uma gargalhada nervosa e quase tive um ataque cardíaco ao levantar os olhos e ver Sebastian me encarando. Não estava usando uma roupa por baixo, então claro, seus olhos foram diretamente em minhas coxas que não eram muito finas.

— Ah... oi... bom dia - falei toda sem jeito ajeitando meu cabelo em um coque todo bagunçado por conta das minhas mãos que tremiam.

— Bom dia - ele riu e coçou o nariz. Logo depois fez uma careta e agarrou o abdome.

Corri até lá quase caindo no chão.

— T-tudo bem? Está sentindo dor?

— Um pouquinho - respondeu franzindo o nariz — Vamos tomar o café da manhã e aí você cuida disso para mim, hum?

— É. Ótima ideia - assenti e voltei para o fogão, desligando o fogo e colocando as salsichas em pratos.

— Traga um copo de uísque e meus remédios para dor muscular - berrou ele da sala.

— Não está meio cedo para uísque? - brinquei.

— Só faça o que estou pedindo, Eleanor! - falou voltando para a cozinha, mancando, com a mão no abdome.

Dei de ombros e abri a geladeira procurando por uísque. Me inclinei para olhar melhor e senti a respiração forte de Sebastian, olhei para o lado e meu coração ficou entalado em minha garganta quando vi seus pés, bem do meu lado. Levantei os olhos e ele me encarava sério. Quando me levantei com sua garrafa de uísque na mão, ele me deu um belo tapa na bunda, me fazendo soltar um suspiro meio ofegante.

— Obrigado - disse mordendo minha orelha.

Senti um arrepio percorrer meu corpo todo antes de eu me sentar e nos servir. Ele colocou duas pílulas na língua e virou a cabeça para cima ao beber o uísque. Fez uma careta e deixou o copo na mesa com uma certa força que eu realmente temia que o copo fosse quebrar.

Ele ficou me olhando durante todo o café da manhã e tentei evitar qualquer tipo de contato visual. Ficava olhando para meu prato e até mesmo para meu garfo, mas não para ele. Pensei que fosse me questionar ou algo do tipo, mas nada aconteceu. Ele só continuou me encarando com os olhos semicerrados e isso acabava comigo, em todos os sentidos.

— Terminou? - ele perguntou depois de um tempo.

— Um-hum - respondi terminando de limpar meus lábios com o guardanapo.

— Ótimo! Porque eu tenho uma coisinha para você.

Ótimo, ele vai me castigar, foi o que pensei. Mas não, ele só disse para o acompanhar até a sala, se sentou no sofá e me entregou uma caixa vermelha com um laço também vermelho que eu desfiz sem cuidado algum, abrindo a caixa. A coloquei em cima do sofá e tirei de lá uma fantasia sexy de enfermeira.

— Meu D... - comecei a rir.

— Eu sei, eu sei. Sou um clichê do caralho, mas temos que ter alguma coisa do BDSM ou eu não vou aguentar por muito tempo - assenti com a cabeça enquanto mordia o lábio.

Tentação InglesaOnde histórias criam vida. Descubra agora