Capítulo 4 - Casa Comigo

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Mary e Bash voltaram ao castelo depois do beijo. Nenhum dos dois sabia o que dizer, porém sabiam que aquilo tinha sido errado e que não deveria voltar a acontecer.

No entanto, nenhum dos dois conseguiu tirar aquela cena da cabeça. Mary estava na biblioteca com Darnley, mas seu pensamento estava em Sebastian. Seus olhos azuis, seus lábios macios, seus braços fortes... como ela queria que aquele momento tivesse durado mais.

- Você está aérea - observou Darnley.

A princesa o olhou, com um sorriso forçado. O sol entrava pela janela, iluminando os fios escuros do cabelo de Darnley, seus olhos verdes estavam pousados em Mary.

 O sol entrava pela janela, iluminando os fios escuros do cabelo de Darnley, seus olhos verdes estavam pousados em Mary

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- Estou um pouco indisposta - disse Mary - acho que vou me retirar.

Ela se levantou e Darnley se ofereceu para acompanhá-la. Ela negou, mas ele insistiu, oferecendo-lhe o braço. Andaram em silêncio pelos corredores até a ala real do castelo. Mary agradeceu pela companhia e se virou para entrar em seu quarto, mas sentiu a mão de Darnley segurando seu braço.

Olhou para ele, virando somente o rosto. Darnley se moveu rapidamente, encostando a princesa na parede. Aproximou seu rosto do dela, mas, antes que fizesse algo, Mary colocou uma das mãos no peito dele, para para-lo.

 Aproximou seu rosto do dela, mas, antes que fizesse algo, Mary colocou uma das mãos no peito dele, para para-lo

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- Isso não é adequado, Lord Darnley - advertiu ela.

- É claro, desculpe-me - ele se afastou um passo - é que é difícil ficar perto de você e...

Enquanto falava a última frase acabou se aproximando novamente, acariciando a bochecha dela com o polegar.

- Preciso entrar - anunciou ela.

Desvencilhou-se dele, abriu a porta do quarto e entrou rapidamente. Darnley sorriu satisfeito, imaginando que sua atitude havia gerado uma resposta positiva na princesa.

Mary fechou a porta e permaneceu apoiada nela, de costas para o quarto.

- Você demorou - uma voz grave disse atrás dela.

Virou-se assustada, reconhecendo a voz de Sebastian. Mas o que ele estava fazendo em seu quarto?

- Bash, o que você faz aqui? - ela sussurrou.

Para se certificar de que não seriam ouvidos por mais ninguém, Mary abriu a porta, olhando para fora. Não havia ninguém. Ela fechou a porta novamente, trancando-a com a chave.

- Você está maluco? - brigou, ainda sussurrando - não devia estar aqui, se alguém te ver...

- Ninguém vai me ver, eu entrei pela passagem secreta - ele respondeu, no mesmo tom sussurrado.

É claro!, Mary exclamou em pensamento. O castelo era cheio de passagens secretas, mas poucos as conheciam. Elas eram como um labirinto, principalmente as que davam para os quartos da família real. Mary as conhecia relativamente bem, Sebastian também. Os dois adoravam brincar de se esconder nelas quando mais jovens.

Esquecendo-se do quão insano era aquilo, Mary sorriu, aproximando-se de Sebastian. Ele a puxou pela cintura e a beijou sem demora. Mary não relutou, ela queria isso tanto quanto ele.

- Eu estou ficando louco - Sebastian declarou, afastando-se um pouco.

Sua respiração estava pesada e a de Mary também.

- Bash - a voz de Mary falhou por causa de sua respiração - nós não devíamos fazer isso com nós mesmos.

Os dois sabiam que estavam indo por um caminho que só os levaria à dor, mas não conseguiam resistir à presença um do outro.

- Eu sei - Bash suspirou - mas eu não consigo tirar você da cabeça.

Mary respirou fundo, contornando o divã que ficava a frente da lareira.

- Nós não podemos continuar com isso - disse - só vamos nos machucar.

Sebastian não disse nada, mas sabia que ela tinha razão.

- Eu estou noiva do Lord Darnley - ela continuou - e mesmo que eu não goste não tenho como fugir disso

Ele andou até ela, levantando sua mão para tocar seu rosto delicado. Mary fechou os olhos, deixando a sensação de eletricidade do toque dele preencher seu corpo.

- Eu sei de tudo isso - ele disse - e sei que se nos descobrirem eu posso ser condenado, mas mesmo assim eu não consigo parar de pensar em você. Eu não consigo parar de te desejar.

Mary sentia a mesma coisa. Mesmo sabendo de seu compromisso com Lord Darnley, ela não conseguia parar de desenhar Sebastian.

- Eu não queria isso, mas estou comprometida - ela disse, afastando-se - não há nada a ser feito com relação a isso.

A princesa observou a movimentação do pátio através da janela. Ninguém a via, pois estava a uma certa distância.

- Na verdade - começou Sebastian - há uma coisa que podemos fazer.

Mary voltou seu olhar para ele, sem entender o que ele quis dizer.

- Case-se comigo.

- Como?

Mary achou não ter ouvido direito, mas Sebastian repetiu, com um sorriso empolgado.

- Sabe que não posso, meu pai já tomou sua decisão.

Sebastian se aproximou dela, envolvendo suas finas mãos.

- Ele não pode fazer nada depois de já estarmos casados - disse ele - nós podemos fugir. Conheço um reverendo que mora em um vilarejo perto da montanha, ele pode celebrar nosso casamento e seu pai não terá escolha.

- Meu pai pode mandar matar você.

- Ele não mataria um Poitiers, minha família é muito importante para a França.

Era a ideia mais louca que Mary já hava ouvido, mesmo assim, algo se acendeu nela. Sebastian se ajoelhou à frente dela, tirando um pequeno anel dourado de seu bolso.

- Case-se comigo - ele pediu novamente.

Mary ficou paralisada por um instante, ela não achava que ele estava falando sério

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Mary ficou paralisada por um instante, ela não achava que ele estava falando sério. Ele a olhava com um sorriso doce e apaixonado, esperando que ela digerisse a propostas.

- Sim - disse ela.

A resposta pegou os dois de surpresa. Sebastian colocou o anel no dedo dela, levantando-se rapidamente. Tomou o rosto dela nas mãos e a beijou, sendo correspondido imediatamente.

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E ai...
O que vocês acham que vai acontecer com esses dois?

Só esperando o próximo capítulo para saber.

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My Reign [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora