Capítulo 40 - A partida

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Antes de começar o capitulo já corram e peguem uma caixa de lenços porque vocês já devem imaginar o que vai acontecer (desculpa por isso, principalmente a ca_streep, mas é necessário).

Demorei um pouquinho, mas é porque minha loucura diária de trabalhar e estudar voltou então vou surtar, mas não vou abandonar vocês. Só tenham paciência comigo porque podem ser que os capítulos demorem um pouquinho.

Enfim, vamos para o capítulo e vocês já sabem né? Quero muitos e muitos comentários.

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Logo após o pronunciamento de Catherine, Henry se retirou, disfarçadamente. Não sentia-se bem e tinha ido à festa contra as orientações de Nostradamus. A rainha o acompanhou para fora do salão, tentando sair sem ser percebida.

Do lado de fora, Henry caminhava com dificuldade, sentia fortes dores abdominais e suava frio, seu estômago embrulhava e ele sentia que estava prestes a vomitar novamente.

- Está tudo bem majestade? - perguntou um soldado.

Catherine o reconheceu. Era Leith de Bayard, irmão de Francis e havia ajudado a cuidar de Claude. Ela sabia que ele era de confiança, portanto pediu ajuda para levar o rei de volta a seus aposentos.

Mal entraram no quarto e Henry já jogou tudo o que estava em seu estômago fora, dentro do balde que fora deixado pelas servas. O conteúdo que saiu de seus lábios era um líquido espesso e escuro que assustou Catherine. Henry não tinha forças para se levantar e acabou deixando-se cair no chão, gemendo de dor.

Leith ajudou-o a deitar-se na cama, preocupado.

- Chame Nostradamus - ordenou Catherine, desesperada.

O soldado saiu imediatamente. Henry estava caído no chão e tentava se levantar apoiado nas mãos, Catherine se abaixou ao seu lado, impedindo-o de se mexer.

- Não se esforce - brigou ela - Nostradamus está chegando.

Ele tossiu e alguns respingos de sangue mancharam o vestido de Catherine. Sem se importar com isso, ela segurou sua mão, contendo as lágrimas.

- Você sabe que não há mais o que fazer - disse ele, com a voz fraca.

- Não diga isso - brigou ela, segurando o choro.

Mesmo lutando contra isso, algumas lágrimas escorreram de seus olhos.

- Cuide das nossas filhas - ele pediu - não deixe Mary enfrentar os nobres sozinha.

- Henry...

- Prometa-me - ele insistiu.

- Eu prometo - ela suspirou.

Os dois trocaram olhares tristes e desesperados que expressavam tudo que eles estavam sentindo naquele momento mais do que qualquer palavra poderia. Catherine nunca se sentiu tão incapaz na vida, não estava acostumada a se sentir indefesa. Henry também sempre esteve acostumado a ser forte e valente, mas, nesse momento, sentia-se exatamente como Catherine.

- Eu te amo Catherine - disse ele.

- Eu sei - ela afagou o rosto dele - eu também amo você.

Lágrimas corriam pelos dois rostos que agora tinham o mesmo olhar apaixonado que tinham quando eram jovens. O tempo havia mudado tanta coisa. Não que eles não se amassem, mas eles o faziam cada um a sua maneira e o sentimento em sua forma mais pura acabara ficando adormecido dentro deles. Uma pena que tivesse que ser despertado novamente dessa maneira. Como Catherine e Henry desejavam ter mais tempo para mudar suas atitudes.

A rainha inclinou seu corpo para frente, depositando um beijo suave na testa de Henry, permanecendo com o rosto perto do dele.

- Majestade - disse Nostradamus, entrando no quarto.

Leith estava bem atrás dele e ambos pararam ao ver o rei e a rainha daquele jeito.

- Faça alguma coisa Nostradamus - pediu Catherine.

O médico se aproximou do rei, analisando-o. Não era nada bom. Henry tossiu um pouco mais, expelido sangue. Nostradamus, com a ajuda de Leith conseguiu colocar o rei na cama.

- Mande chamar minhas filhas - pediu Catherine a um dos guardas que estava do lado de fora.

Nostradamus examinou o rei, percebendo que a febre havia voltado. O rei gemia por causa da dor na barriga e acabou vomitando novamente, por pouco não acertando o médico com o líquido escuro.

- Sinto muito Catherine - disse Nostradamus - não há mais nada que eu possa fazer.

- Não - esbravejou ela - tem que ter algo a ser feito - ela chorou.

- Catherine - chamou o rei, com a voz ainda mais fraca.

Ela se aproximou dele novamente, sentando-se ao seu lado e pegando suas mãos.

- Está tudo bem - Henry a tranquilizou - vai ficar tudo bem.

Catherine continuou a chorar, sem conseguir falar. E por bom tempo eles ficaram assim, Nostradamus se afastou para lhes dar um pouco de privacidade.

A porta se abriu para que Mary e Claude entrassem, sendo seguidas por James. Leith não entrou, apenas continuou parado na porta, com a postura ereta, mas com a expressão preocupada.

- O quê...? - começou Claude.

Ela parou ao ver o estado de seus pais. Mary já havia parado, entendendo exatamente o que estava acontecendo. Na verdade, ela já havia imaginado algo assim, mas ter certeza era algo extremamente doloroso. As duas olharam para Nostradamus e ele acenou com a cabeça, suspirando para confirmar as suspeitas das princesas.

Elas se aproximaram da cama, sentando-se uma de cada lado do pai, segurando suas mãos. Catherine havia se levantado e era amparada por James que tentava permanecer firme. Discretamente, Nostradamus se retirou, deixando que a família pudesse ficar a vontade naquele momento.

- Minhas meninas - disse o rei.

Henry começou se despedindo de sua filha mais nova, dizendo o quanto ele a amava. Ele a instruiu sobre sua maneira de agir, dizendo que ela deveria continuar a ser firme e forte como havia sido criada para ser e que não deveria deixar que nenhum homem a maltratasse.

Em seguida, ele começou a falar com Mary. Henry fez praticamente o mesmo discurso.

- Não deixe que ninguém tome de você a coroa - completou ele - você é a rainha a partir de agora. Escócia e França são seus países, faça com que todos saibam disso e não se curve à vontade de ninguém.

Mary acenou, chorando e apertando a mão do pai.

- James - chamou o rei.

As meninas abriram espaço para que ele se aproximasse. Elas se juntaram à Catherine perto da cama, sendo abraçadas pela rainha.

- Você sabe que eu sempre te considerei um filho, não é? - disse Henry.

James acenou com a cabeça, contendo as lágrimas.

- Quero que você cuide da sua mãe e das suas irmãs - pediu o rei - Mary precisa de pessoas de confiança ao seu lado agora. Prometa-me que vai cuidar dela.

- Eu prometo - disse James, deixando uma lágrima escorrer.

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O coração de vocês também tá arrebentado? Infelizmente para a Mary ser rainha o Henry precisa morrer. E se a Mary não for rainha ela não vai conseguir tomar a França de volta (muito menos ficar com Francis que é o que todos queremos).

Vejo vocês logo logo no proximo capítulo.

My Reign [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora